BabyTime: junho 2017
[Atenção, este post começa com um desafio!]

Imaginem o Alentejo com cheiro a mar e sobreiros…
Imaginem o voo da cegonha sobre o céu mais azul
Imaginem um pic nic sobre a relva fresca e a sombra do sobreiro…
Imaginem uma piscina imensa com sabor a verão
Imaginem um parque infantil XL onde podemos libertar a infância
Imaginem o céu (mais) estrelado no deck do bungalow…
Imaginem um local feito para abrandar o ritmo…

(AGORA… FECHEM OS OLHOS EM IMAGINEM TUDO ISTO.)

Este já era o Zmar. 
Este continua, para mim, a ser o Zmar. 
Não está novo, reinventou-se com a força de quem o sonhou
Renasceu com a vontade de quem sempre acreditou nele. 
Recomeçou com inspiração e desafia a imaginar

Sempre fomos muito felizes no Zmar. O destinou conduziu-nos até lá um dia e todos os anos, mesmo quando até achamos que já não vamos repetir o local, acabamos lá. Este ano, porque o Duarte pediu. O ano passado, idem. Porque para o Duarte, verão é Zmar. Porque para o Duarte, verão é piscina de ondas. Porque para o Duarte, verão é animação na tenda. Porque para o Duarte, verão é fazer amigos na piscina infantil. Porque para o Duarte, verão é saltar na piscina dos adultos. Porque para nós, verão é vê-lo feliz. E assim, lá fomos nós, a meio das férias, parar ao Zmar, pela 5º ou 6ª vez. 

E, como a vida é feita de coincidências, a nossa estadia programada em abril coincidiu com a festa oficial de reabertura. Sabíamos que íamos conhecer o novo Zmar, não contávamos ir “oficializar” a reabertura, mas já que lá estávamos, brindámos também a isso num dia de festa que começou com um pic nic nos sobreiros, para escapar do calor abrasador, e culminou com um jantar e festa na tenda. Tudo num desafio à imaginação, desde o pomposo Pégaso colocado à porta da tenda, até à sereia que, dentro de uma concha gigante, animou as crianças ao som da música. As figuras mitológicas têm uma força incrível, tal como a força que fez renascer a “nossa” casa de férias.









  


O que mudou?
  • O restaurante está mais amplo, com melhor circulação e com uma zona grande de sombra exterior, ótima para almoçar na “fresca”. Tem também um novo bar.
  • A piscina de ondas foi reconstruída e continua a ser o ex-libris dos miúdos. 
  • Foi criada uma quinta pedagógica, com cabras, póneis e aves exóticas. Que já estava prevista na nossa última estadia.
  • Há um novo bar piscina, onde podemos beber café tranquilamente. 
  • Foi criado um centro de Interpretação Ambiental integrado no Espaço Kidz
Estivemos bem, em família e fizemos amizades. Reencontrei conhecidos. Conheci o “outro” lado da Sofia Serrano, autora do Blog Café, Canela e Chocolate, com quem tive boas conversas à beira-piscina. Os nossos miúdos fizeram uma daquelas bonitas amizades de verão. Não se largaram um segundo e fizeram promessas de reencontros. Foi bonito ver o meu filho, pela primeira vez, a criar laços de amizade fora da rotina habitual. 
















Estivemos muito bem, e embora eu goste mais do Zmar durante os dias de semana, mais calmo e com menos gente na piscina do que ao fim de semana, deu para abrandar o ritmo, respirar o campo e viver o momento. 

Algumas coisas ainda precisam ser afinadas, como a piscina de ondas voltar a ser aquecida, mas a vida é um ciclo, e tudo precisa de tempo. 

Deixo uma dica final para quem planeia ir ao Zmar brevemente, se forem sócios ACP refiram isso na vossa reserva, pois dá direito a um desconto de 15% sob a estadia

Beijos,

Outros posts (meus) sobre o Zmar: 

http://www.blogbabytime.com/2016/11/zmar-o-resumo-da-estadia-em-1-minuto.html
http://www.blogbabytime.com/2016/11/dos-sitios-que-nos-aquecem-o-coracao.html 

Fotos: Canon EOS 750D



Já revelei esta semana que confecionámos a maioria das nossas refeições durante as férias. 

Adoro um bom petisco num bom restaurante, adoro explorar os best spots gastronómicos dos locais por onde ando, adoro chegar da praia, tomar duche, hidratar a pele e pôr-me bonita para ir jantar fora, ainda com o cabelo molhado e sem maquilhagem, como mandam as regras do verão! Mas, como o nosso plano de férias incluía passar 15 dias fora de casa, tivemos que dosear o equilíbrio alimentar e também o da carteira. Além disso, o Duarte é pequeno e desde que sou mãe que sou mais ponderada a nível, já não existe aquela liberdade de não ter horários para comer ou de ficar na praia à base de bolas de Berlim, fruta e sandes. Eu própria gosto de manter algumas rotinas alimentares e não pisar muito o risco porque tenho um estômago sensível. E assim, optamos por confecionar em casa tudo o que era relativo a almoços e sair em algumas ocasiões para jantar fora (é tão bom descobrir a gastronomia local!). 

Pensava que me ia sentir dona de casa na mesma, mas sabem que com o planeamento prévio das refeições e organização nem me custou? 

Contei, para isso, com a ajuda preciosa da Dra. Gisela Carrilho. Pedi-lhe dicas de refeições fáceis para mães que viajam com crianças pequenas e querem aproveitar as férias para descansar, também, da cozinha e passar nela o mínimo tempo possível. Hoje passamos-vos algumas ideias para umas férias saudáveis sem muito tempo ao fogão. 
Verão é sinónimo de férias, praia, jantares e festas. Habitualmente, a maioria de nós passamos o ano a estudar, a trabalhar, etc. E quando estamos de férias queremos apenas "desligar” e por alguns dias pensar o menos possível. No entanto, quando se tem filhos pequenos a questão complica e as dificuldades multiplicam….
Para que a alimentação não fique prejudicada, e porque sabemos que soluções para refeições fáceis, rápidas, portáveis e saborosas são uma forma fácil de manter uma alimentação saudável, deixamos aqui algumas ideias:
1. Comece o dia com um pequeno-almoço rico em fibras, para promover a saciedade ao longo do dia, um trânsito intestinal saudável e, assim, uma barriga lisa. (ex. 1 taça de iogurte sólido natural com 1 kiwi, 3 colheres de sopa de farelo e trigo em tiras e 1colher de sobremesa de linhaça moída).

2. Leve sempre consigo Fruta fresca: esta é uma excelente opção, repleta de vitaminas, minerais, fibras e água!

3. Tenha sempre à mão Frutos gordos (oleaginosas): As nozes, amêndoas, avelãs e as sementes naturais sem adição de sal são também uma ideia simples e muito fácil de transportar.
Não esqueça o Iogurte: o iogurte ou as bebidas vegetais (soja, aveia, arroz) são também boas opções para pequenas refeições.

4. Delicie-se com a variedade de Legumes: cenoura, pimento, pepino ou mesmo tomates cherry são exemplos que pode ter já prontos a comer e que pode levar para as suas pequenas refeições.

5. Recorra à típica Sandes com Pão de mistura, de cereais completos ou tostas: Esta é sem dúvida a forma mais comum de comer cereais na altura de férias. Sugerimos que procure as padarias locais e os pães mais tradicionais e opte pelas versões feitas com farinhas mais integrais. Sugerimos também que evite as opções já embaladas e repletas de açúcar, gordura e diferentes aditivos. Para que seja uma refeição completa, sugerimos que junte ao seu pão proteínas animais como ovos, salmão fumado, conservas com os ingredientes adequados, peito de frango ou bife de peru grelhado ou proteínas vegetais sob a forma de pastas, como por exemplo pasta de grão “hummus” (feito com grão de bico ou com outras leguminosas) ou pasta de oleaginosas como a pasta de avelã ou de amêndoa ou ainda o guacamole (pasta de abacate).

6. Aproveite a variedade de Saladas: As saladas começam cada vez mais a ser uma opção para muitas pessoas durante as férias. Para uma boa salada sugerimos que coloque diferentes legumes, e não se fique apenas pelo tomate, alface ou rúcula para a base – avance para o aipo, a cebola, o rabanete, a beterraba, os espinafres, agrião, endívias a couve branca ou couve roxa, ou mesmo brócolos cozidos ao vapor. Coloque uma proteína animal como ovo cozido, salmão fumado, polvo cozido, carnes brancas como frango ou peru, queijo magro, ou mesmo camarão cozido. Pode juntar alguma fruta ou massa, couscous, quinoa, millet, milho ou leguminosas como ervilhas ou mesmo grão ou feijão. Para temperar opte sumo de limão, pouco azeite, vinagre de fruta, coentros e outras ervas aromáticas. 

Receitas descomplicadas:


 

Dica: levar um kit básico de temperos na mala de viagem para evitar comprar e desperdiçar (sal, oregãos, tomilho, pimenta, etc.). 

Photo credits: Google

Gostaram?

Beijos,

Voltar à rotina é também voltar à cozinha. 

Parêntesis: também cozinhei nas férias, não estive feita dondoca #porquenuncamaissaioeuromilhões, mas recorri aos preparados simples e aos grelhados  que é o que sabe bem para acompanhar a subida das temperaturas e a #vontadedenãofazernenhum. Fechar parêntesis.  

Mas dizia eu: voltar a casa é voltar à cozinha, ao meu campo de atuação, aos meus temperos, tachos, panelas, utensílios, acessórios e à minha querida Bimby (ainda não a usei, mas gosto de a ter por perto). 

Não sou uma cozinheira de mão cheia, mas (acho que) cumpro bem os requisitos de dona de casa e, muito de vez em quando gosto de virar a cozinha do avesso e testar receitas novas ou inventar preparados. Ontem à noite deu-me para isso. Apetecia-me algo com chocolate, encontrei esta receita e adaptei-a. A minha gula era tanta que o  facto de nao ter farinha pareceu-me muito bem. Substitui o açucar por açucar mascavado e o resultado fica aqui para quem também a quiser testar (é super rápida).

Cookies de Chocolate sem Farinha





Ingredientes
  • 1 chávena de açúcar (usei mascavado e para a próxima vou reduzir a quantidade e pulverizar na bimby)
  • ½ chávena de cacau em pó
  • ⅛ de colher de chá de sal
  • 1 colher de chá de extrato de baunilha
  • 1 clara de ovo
  • ¼ de chávena de chocolate de culinária picado

Preparação:

1. Misturar o açúcar mascavado, o cacau e o sal. Adicionar a clara de ovo e a baunilha e mexer até ficar homogéneo. Juntar o chocolate picado.

2. Numa forma, colocar papel vegetal e distribuir a massa, com cerca de 3 cms entre uma cookie e a outra (elas crescem muito!)

3. Levar ao forno pré-aquecido, a 180ºC, aproximadamente 10 minutos 

Dica: Elas saem moles do forno, deixar arrefecer antes de “desenformar” e servir. 

Rendimento: 10 cookies grandes ou 16 a 18 pequenas

Fotos: Babytime

Receita original aqui.

Beijos,
Hoje o despertador tocou cedo e tive vontade de voltar aqui. Talvez porque o corpo sabe que é dia de voltar à rotina em todas as suas formas: trabalho, trânsito, creche, ginásio, casa - e ainda bem! Fui de férias e levei comigo tudo que precisava para manter o blog atualizado, era essa a minha intenção quando saímos de Lisboa rumo a sul: ir partilhando os locais por onde andámos em modo "para fora cá dentro". E foi o que fiz na primeira semana.

Mas depois de ter estado na festa de reabertura do Zmar, um sítio que ardeu no fim do verão de 2016, chegar ao bungallow animada, em modo celebração, ainda a ouvir a música de fundo, ligar a TV só para um zapping rápido e tomar consciência do que se estava a passar em Pedrogão Grande foi como se as minhas palavras se tivessem esgotado ali. O Duarte já dormia e nós continuávamos incrédulos em frente à TV a ver a tragédia aumentar à medida que as horas passavam. Era impossível, mas não era um pesadelo, era impossível, mas estava a acontecer. E na manhã seguinte o cenário trágico tinha mais que duplicado. 
 
Nessa noite não escrevi, no seguinte também não e preferi não o fazer até sentir vontade de regressar aqui. Perante perdas humanas tudo se torna fútil e supérfulo: o bikini, o mergulho, a praia bonita, o petisco, o pôr do sol. Limitei-me a deixar rasto no Instagram e a aproveitar as férias junto dos meus - grata por os ter comigo e por saber que toda a família estava bem. Quando fico triste  entro em registo de silêncio, é algo muito meu, defeito ou feitio, virtude ou fraqueza, ainda não sei bem. Talvez o silêncio seja a minha forma de luto, talvez seja uma forma de me isolar para pensar e tentar encontrar respostas ou talvez seja "só" a minha forma de lidar com temas demasiado delicados. 

Não conhecia nenhuma das vítimas, mas a partir do momento que os rostos nos chegam através do telejornal ou dos jornais impressos apoderam-se de nós, passam a ser nossos conhecidos e ficamos a pensar que "aqueles podíamos ser nós de férias a caminho da praia das Rocas". Não queria pensar nos demasiados cenários que me surgiam, mas não conseguia não pensar! Morreram famílias inteiras, morreram pais e mães com filhos pequenos no colo - o que se diz a um filho com a morte pela frente??? O que se diz ao marido, namorado ou irmão? Diz-se algo ou luta-se até ao fim pela sobrevivência sem sequer ter tempo de despedida?! 

Não vou ser falsa e dizer que não aproveitámos as férias, aproveitámos sim, foram (mesmo) muito boas, mas vão sempre ficar na memória por este acontecimento terrível. Responsabilidades à parte (se é que as há, por vezes achamos que dominamos a natureza e esquecemo-nos do quão é poderosa), não é algo que se possa simplesmente colocar uma pedra sobre o assunto. Resta-nos ajudar (e no que toca a mobilização somos exemplares), continuar a nossa viagem pela VIDA, relativizar os pequenos problemas e agradecer estarmos cá. 

É uma m.... isto de sermos apenas instantes.  


O CD acompanhou-nos na viagem para baixo (já sabemos as letras todas) e o livro veio na bagagem. É um preferido de longa data, já o temos há quase dois anos e continua a fazer as delícias do Duarte.  

« ZÉ MARIA CATATUA»

A história é passada numa gaiola dourada cheia de aves, entre elas, Zé Maria Catatua. o protagonista desta trama animada, e o cão-Bernardo, um patudo viajado que as incentiva a sair da gaiola e descobrir o mundo, num paralelismo com as descobertas que são feitas na infância.

Se procuram um livro com diversão garantida é este. E não se esqueçam de por o CD a tocar. A nossa música preferida é a "Voar". 




Onde comprar? Fnac, Wook, Bertrand.
Beijos



No meu último treino antes de vir de férias pedi para fazer uma avaliação física, uma espécie de ponto de situação para perceber em que condição estou e uma motivação extra para não descambar nestes dias de dolce fare niente.  

A avaliação física na balança biométrica é algo que se pode fazer todos os meses no Virgin Active, para quem não sabe, o meu ginásio de eleição em Lisboa. No meu caso, prefiro fazer de forma mais espaçada pois não sou propriamente viciada em ir à balança e gosto de perceber se os resultados se estão a manter a longo prazo. Esta análise é muito completa e permite-nos perceber onde estamos a trabalhar em prol do bem-estar e onde nos podemos aperfeiçoar. Por outro lado, quando regressar de férias volto motivada pois vou ter um novo plano de treinos feito à medida para iniciar. Um boost extra pós-lanzice.

Relembro-vos que estou a treinar desde outubro de 2016 após um longo período pós-parto parada, no qual já me sentia cansada a fazer coisas rotineiras do dia a dia, como subir escadas ou ter que acelarar o passo para apanhar o Duarte fugitivo no shopping. Relembro-vos também que engordei mais de 23kg na gravidez, andei ali a acenar aos 80kg, e, como sabem, depois dos 30 o metabolismo já não é o mesmo e demora a "atinar". 

Redescobri-me com o regresso ao ginásio, criei novas rotinas, nem sempre fáceis de conciliar com a maternidade (é uma questão de disciplina) e apaixonei-me por novas modalidades: como o Body Balance ou o Yoga Strenght. Ninguém me tira estas duas aulas! E correr? Gosto tanto de correr ao som da música alta nos meus headphones. Não há, para mim, melhor forma de descompressão e de libertar a cabeça de preocupações.

E os resultados? Estão à vista! Em traço gerais, esta sou eu agora, uma mulher mais saudável, mais confiante com o corpo (a autoestima é fundamental) e um bocadinho mais ligeira, embora a minha preocupação principal fosse combater a ansiedade generalizada com exercício físico e melhorar na generalidade a condição física. Estava muito sedentária e trabalho sentada 8h por dia, o que não ajuda. 

Eis o atual resumo da minha pessoa:


E, para quem não percebe nada dos gráficos acima, a Balança Biométrica trocada por miúdos:

Peso: OK;
Gordura muscular: OK
Massa muscular: preciso de ganhar alguma para ter mais resistência, até para carregar os sacos do supermercado.
Gordura visceral: nível 1. Ah, gostei muito deste valor!

Sabem o que é? A gordura visceral é a gordura que se acumula nas camadas profundas do abdómen, envolvendo os órgãos internos como é o caso do coração, fígado, estômago, rins, intestinos e pâncreas. A função da gordura visceral é proteger os órgãos do aparelho digestivo, mas o problema é quando o nível de depósito dessa gordura passa os limites. Esta gordura liberta ácidos gordos, hormonas e proteínas inflamatórias, que em demasia no nosso corpo podem afetar negativamente a capacidade dos nossos órgãos vitais funcionarem adequadamente. Todas estas complicações podem provocar resistência à insulina (diabetes), aumentar o risco de ataques cardíacos ou AVC, reduzir o bom colesterol (HDL), aumentar o mau colesterol (LDL) e ainda o aumento da pressão arterial (hipertensão).

E esta não posso deixar escapar: a minha idade metabólica é de 17 anos. Não é fantástico percebermos que com exercício físico regular podemos efectivamente contribuir para um futuro melhor? 

Custa começar, custa criar o hábito, mudar as rotinas de vida e encaixar treinos na agenda diária, mas nada me tira aquela sensação de realização e leveza sempre que termino um treino. É gratificante. E chegar a estes resultado ainda é mais.   

Consegui transmitir-vos motivação? Força!


Depois de um fim de semana com os sogros, com pouca logística a nível de bagagem porque foi só uma noite fora, hoje estou novamente em modo pré-viagem, com malas "à séria" para finalizar antes de rumar a sul. Estou de férias!!!Devia estar a deitar foguetes não é? 

O problema é que... nunca gostei de fazer malas! Eu tento relativizar e não andar a resmungar pela casa mas não consigo disfarçar e acabo sempre a ranger os dentes aos trolleys. Reconheço que a dificuldade está em mim, idealizo sempre um cenário perfeito em que tenho imensa paciência para planear e levar looks versáteis para cada dia e não encher a mala em demasia e termino sempre no cenário toca a despachar de "levo isto e mais isto que já perdi o fio à meada e se me apanho no carro a caminho digo que é mentira". 

Porquê? Porque sou mãe e antes de mim tenho a mala do meu mini me para organizar. Entre planear mudas de roupa, roupas de banho, roupa extra para a praia, cremes, shampô, perfume, calçado, kit de medicação, boia, braçadeiras, pá, balde, ancinho, toalha de praia, livros, jogos, brinquedos, biscoitos e bolachinhas e mais uma panóplia de coisas que até cansam só de escrever, quando chega a minha vez já só quero é despachar e "ala que se faz tarde". Longe vai o tempo em que começava a fazer a minha mala uma semana antes e organizava as mudas de roupa por dias de viagem - aiii já fui tão organizadinha! 

Na realidade comecei a fazê-las ontem, o que me permitiu ter mais margem para cumprir a tarefa com menos pressão, por isso, até pode ser que desta vez consiga passar de nível com maior taxa de sucesso, mas não tenho muita fé, este síndrome de passageira que odeia malas já me é intrínseco e ando sempre apontar mais e mais coisinhas de última hora para levar. Será que vou conseguir levar tudo o que faz falta sem ser exagerada?     

Com este aumentar da logística nos últimos anos dei por mim a pensar em como era tão mais descomplicado e prático fazer férias antes da maternidade. Atenção, não disse que era melhor, era só bem mais descomplicado. Não há nada melhor do que gozar da companhia dele na férias e encher os dentes de areia na praia à custa de beijos roubados. Mas que são realidades completamente diferentes são, vejamos:  

A mala de viagem antes de ser mãe


Leva umas hawaianas, o bikini mais giro, o protetor e o autobronzeador, a toalha de praia, o boné, uns headphones, roupa básica, uma sweat quente e aquele vestido mais giro para sair à noite com os amigos. Tudo passado a ferro e direitinho.  

A mala de viagem depois de ser mãe


Leva a tua roupa, a do marido e ainda aquele casaco do miúdo que já não coube na mini mala dele. Tem menos espaço para as tuas coisas, mas queres ser capaz de levar a mesma quantidade de roupa e acessórios. Vai cheia até ao limite e tens que abrir aquele fecho extra que lhe dá mais 2 cm de folga. Nesses 2 cm ainda enfias lá dentro as toalhitas que já ficavam esquecidas no WC e aquele livro que o puto pediu de última hora. A roupa segue viagem espalmada e amassada. 

Um dia de praia antes de ser mãe


Envolve pouco mais do que levar a toalha, a garrafa de água, o protetor, um livro e uma sandwich. A toalha nunca fica cheia de areia. Dormes a sesta para repor energias. Chegas a casa e fazes um ritual de beleza com duche e creme hidratante para fixar o bronzeado.

Um dia de praia depois de ser mãe


O teu saco leva a tua toalha, a da criança, mudas de roupa, fato de banho extra, fraldas de banho, toalhitas, máquina fotográfica, protetores solares (o teu e o da criança), garrafas de água (a tua e a da criança), snacks (para a criança e para o teu desgaste físico de andar atrás da criança), uma bola, um baldinho, formas de areia e um camaroeiro. Não levas revistas nem livros porque já sabes que não vale a pena. A criança não dorme a sesta nem tu. Não passas tempo deitada ao sol porque te está sempre a pedir coisas. "Vai buscar isto", "dá-me água", "tenho fome", "tenho areia nas mãos", "tenho ranho" são as frases que marcam o compasso de um dia de praia. Fazes castelos de areia até ficares com a perna dormente. Vais ao banho por obrigação e não porque tens realmente calor. A tua toalha tem quilos de areia e a da criança também. Chegas a casa cansada, enfias a criança na banheira contigo para despachar enquanto o marido adianta o jantar, passas creme nela e ignoras o teu.  Chegas à cama descansada do trabalho, mas cansada da criança. 

Quem se revê?
Vou só ali terminar a tarefa!!!

Em semana repleta de feriados em Lisboa, que tal uma fuga a dois de última hora? Os sítios abaixo são ideais para deixarem os miúdos nos avós e partirem para um refúgio a dois! 







Basta olhar para os quartos com piscina privada para desejar lá estar. Em pleno Sudoeste Alentejano é o convite perfeito para uns dias ao sol.






Não sei o que é melhor, se as massagens à beira da água, a piscina exterior infinita com vista sobre a planície ou a banheira de hidromassagem no quarto ao fundo da cama. Se tiverem mesmo que levar os miúdos, não se preocupem pois o hotel tem serviço de babysitting.







É a natureza na sua plenitude. Fica em pleno Rio Douro (que infelizmente ainda não conheço) e todos os elementos me convencem de que este hotel é uma escolha feliz para uns dias a dois e quiçá um passeio pelo Douro.





Fica em Aviz e tem esta vista deslumbrante sobre a barragem do Maranhão. Este hotel acolhedor tem apenas 8 quartos e é ideal para namorar. Os banhos podem ser tomados entre a piscina panorâmica e as águas quentes da barragem. Os mais radicais podem fazer canoagem, kayaks, strand up paddle ou alugar o barco a remo para um passeio a dois.






Guardei o melhor para o fim, ando apaixonada por este local e com muita vontade de lá ir em breve. Tudo me atrai, desde a localização à decoração. 

Aposto que já estão a pesquisar no Booking :)