BabyTime: março 2016

Hoje a sobrinha que a vida me emprestou faz anos. 3 anos de menina doce com a dose certa de rebeldia à mistura.  Ela chama-me de tia e eu não a considero menos do que sobrinha. É minha para a vida, mesmo sem laços de sangue.  Há 38 meses fui mãe do Duarte e há 36 meses fui “tia” da M. E assim derrepente entraram duas crianças na minha vida que me preenchem os dias. Juntos são um furacão, separados têm saudades um do outro e espero que assim seja por muitos anos.


A M. é filha da minha melhor amiga, a M. é parte da família desde a barriga da mãe. Este ano tive uma missão muito especial, um pedido que não consegui recusar: fazer o bolo de anos para a creche e ontem a noite foi dedicada a ela, eu fiz o bolo e ela participou. Gostam do nosso Donut's?


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Ingredientes:

5 ovos

1 iogurte de morango

3 medidas de iogurte de açúcar

3 medidas de iogurte de farinha

1 medida de óleo

1 colher de chá de fermento em pó

Cobertura: usei esta, sabe a gelado de morango e resultou na perfeição.

Parabéns M. que sejas sempre essa menina feliz, com personalidade forte e cheia de sonhos!


ASSINATURA


 

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Não me lembro de em miúda ter tido muitos livros infantis para além dos da “Anita”. A minha avó paterna sempre foi óptima a inventar histórias (e ainda hoje o é para o Duarte), mas a verdade é que não tenho muitas recordações de infância com livros. O Duarte teve o primeiro livro aos 6 meses, daqueles em tecido que se prendem ao carrinho de passeio e que basicamente servem para aliviar as gengivas, mas mostrou logo um grande interesse face aos outros brinquedos. Com 1 ano e meio já queria folhear trapalhadamente os livros e sempre foi algo que lhe despertou muita atenção. A partir daí, ganhei o hábito de lhe comprar livros para as várias etapas de crescimento com regularidade e quase a chegar aos 2 anos fizemos-lhe a primeira biblioteca no quartinho dele, inspirada no estilo nórdico, com estas prateleiras para molduras do IKEA e um kit de letras comprado na loja chinesa. Tem sido um sucesso, é um dos espaços que ele mais gosta no quarto dele e não há dias sem leitura de histórias.


A semana passada ao trocar impressões sobre o comportamento dele com a educadora (e acreditem, tenho um rapazolas bem reguila) ela confidenciou-me que ele pede bastante para ir à zona da biblioteca no colégio, que é um dos seus sítios preferidos. Também notamos que em casa não só nos pede para lermos histórias como já quer ser ele a conta-las. É certo que ele ter o gosto natural por livros ajuda muito, mas acredito que o nosso trabalho enquanto pais de promover a leitura e de lhe termos criado um espaço de leitura também está a dar frutos.


Fica a dica, é algo muito simples que podem montar nos quartinhos deles. A nossa já precisava de ser maior :)

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Como mãe, também tenho umas coisitas a dizer sobre a decisão tomada pelo Macdonald´s acerca do Happy Meal após um artigo publicado no Diário de Notícias. Foi com muito espanto, muito mesmo, que me deparei com a notícia de que o Happy Meal vai deixar de ter distinção de género nos brindes por considerar discriminatório. E a pergunta é: discriminatório onde? Então, mas termos género é ofensivo? Então os miúdos andam na escola a aprender os géneros e as suas diferenças e afinal está tudo mal e deviam era olhar uns para os outros da mesma forma? Não concordo. Acho perfeitamente normal um menino ter direito a um brinquedo mais “arrapazado” e uma menina a um mais feminino. E se o menino quiser brincar com o pónei ou a menina com o carro qual é o problema? Não faz parte do crescimento, do desenvolvimento da personalidade e até mesmo da sexualidade? O Duarte quis uma cozinha e tem uma, assim como quer todos os dias popós. O Duarte pede para ver a Frozen e vê, ou será que só devia ver as Tartarugas Ninja e o Homem Aranha? Não vamos oprimir os miúdos, para mim igualdade é precisamente dar liberdade de escolha. As crianças precisam de brincar e de explorar livremente. Agora têm que ficar condicionadas a brinquedos unissexo para parecer bem à sociedade? Sim porque é isso que me parece que o Macdonald´s está a defender, a anulação de sexos em prol da igualdade. Se calhar é melhor adoptarmos todos uma farta, uma vestimenta igual para homem e mulher, não vão os vestidos ou as gravatas ofender alguém.


E o pior é que tudo começou nos media, alguém achou mal, a Secretária de Estado apoiou considerando a distinção discriminatória e o Macdonald´s reagiu de forma drástica e adoptou as regras já praticadas nos EUA. Ficava mais contente com um “tínhamos que reduzir os custos de produção e a solução foi criar brinquedos unissexo”, pronto, a malta engolia e a caravana passava. Era giro os brindes serem diferentes, era giro ir com os miúdos e cada um ter uma surpresa, fazia parte da "experiência" Happy Meal. Tentamos proclamar a igualdade em coisas absurdas, quando existe essa necessidade em sectores da sociedade bem mais importantes. E a seguir, os senhores da Kinder também vão acabar com os géneros do ovo surpresa?


Para terminar este meu desabafo, partilho uma imagem do meu Buzz Lightyear do Macdonald´s, que deve mais de 15 anos, e que o Duarte descobriu na casa dos meus pais. Tornou-se o brinquedo preferido do momento, aquele que vai todos os dias na mão para a escola. Passou de mãe para filho, e senhores do Macdonald´s eu não fiquei traumatizada por ter o ter recebido ao invés de uma Barbie.


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ASSINATURA

#Triste

02 março 2016

Triste, furiosa, revoltada, enraivecida, é assim que me sinto com esta notícia. Todas as manhãs entrego a minha vida no colégio, todos os dias o melhor lado da minha vida fica ao cuidado de duas pessoas, a educadora e a auxiliar, durante 10 horas (sim, entre o ir trabalhar e o voltar somam-se infelizmente 10 horas!!). Só quem é Mãe sabe a confiança que temos que sentir na pessoa que passa o dia com o nosso filho, só quem é Mãe percebe a sensação de abandono que fica quando temos de lhe dar o último beijo matinal, sussurrar amo-te ao ouvido e o deixar. Essa sensação só é compensada pela familiaridade transmitida pelo local e pelas pessoas. Só quem é Mãe sabe que esta vida que carregamos ao colo não se entrega a qualquer pessoa. Estes pais entregaram a VIDA deles à confiança desta mulher e ainda lhe pagavam um ordenado para isso, confiaram cegamente nela, sem discriminação, sem preconceito religioso, provavelmente contribuíram para que tivesse uma vida melhor, mais estável e sem desemprego. Deram o exemplo para a sociedade e foram traídos da pior forma. Isto conduz-me sempre ao pensamento inevitável de que nunca conhecemos ninguém de verdade e que a vida é um ciclo de... sortes ou azares nas escolhas?! Como é que algo assim acontece? Como é que alguém é motivado a decapitar uma criança inocente?  Pior do que morrer tão jovem, é morrer sem dignidade e de uma forma tão violenta e desumana. Pobres pais, nada na vida lhes vai devolver um sorriso :(