Mértola. Este é o meu sítio na terra, a minha essência, a minha origem. Cada vez que lá vou volto revitalizada e de coração cheio. E desde que sou mãe e que partilho as coisas e os locais da minha infância com o Duarte parece que cada viagem é melhor do que a anterior. Levar este curioso de 3 anos atrás garante-nos dias muito agitados, mas acima de tudo felizes. Este fim-de-semana foi particularmente especial porque marcou a primeira viagem de comboio do Duarte, o primeiro mergulho do ano e adoptamos um amigo muito especial.
Roteiro:
Sábado
- Viagem de Comboio: Lisboa - Beja.
- Paragem obrigatória pela OviBeja.
- De Beja seguimos com destino à nossa casa, num monte sozinho, pertinho de Mértola.
Domingo:
- Passeio pela Feira do Queijo e do Mel - Mértola (que também inclui enchidos, doces regionais, tascas, mercado local, só pecados alimentares!!)
- Passeio à Praia Fluvial Minas de S. Domingos
- No regresso, paragem na zona protegida de preservação dos veados.
Segunda-feira:
- Passeio ao Castelo de Mértola - que infelizmente estava fechado, mas ainda deu para ver a zona histórica da cidade, as escavações e a igreja de origem islâmica. A vista do Castelo sob a vila é lindíssima.
- Regresso às Minas de S. Domingos para a despedida em grande deste nosso Alentejo.
Conseguem sentir a paz deste local? Quem ainda não o conhece, trate de o conhecer! Sem andar de avião, sem kg de bagagem, sem logísticas doidas e parece que fui ali a um paraíso super distante, uma ilha isolada e já voltei.
E por fim, no início do post falei numa adopção. Lembram-se da prenda de aniversário do Duarte? Infelizmente não sobreviveu, não vale a pena estar agora a tentar perceber as mil causas possíveis, era super bem tratada, um aquário xpto com luz, aquecimento, comida variada, bla bla. Eram duas (os avós deram-lhe outra na mesma semana) esta última cresce a olhos vistos e a outra mal se mexia. O pequeno ficou triste, disse logo que a outra agora estava triste. E para quem não acredita em coincidências, elas existem. Na segunda-feira decidi tomar o pequeno-almoço na rua e literalmente tropecei neste pequeno ser quando ia pousar a cadeira no chão. Mal podia acreditar, um mini cágado ali à porta de casa, a mais de 3km do rio, super pequeno, uma cria sem dúvida, talvez perdida, talvez à procura de água, talvez tivesse vindo nas garras de um predador que não o conseguiu comer... e eu que vivi 16 anos com um, foi o meu animal de estimação até à maioridade. Tanto que gostava de ter outro... foi um sinal! Corri com ele na mão para o mostrar ao Duarte que ficou radiante com a "tataruga babé", ligámos ao pai a contar, que também ficou incrédulo. E assim, trouxemos o pequeno para casa, já está instalado e pode crescer à vontade que temos espaço suficiente.