BabyTime: março 2017
Não é novidade que sou apaixonada pelas coleções cápsula para rapazes da Zara, muito pela tendencia nórdica que aportam e que simplesmente adoro, mas também por conseguirem incluir apontamentos de cor sem perder o lado clean, minimalista e descontraído. Este ano, saltam à vista as peças em rosa pastel misturadas com cinza, verde ou branco e tenho para mim que vão ser a minha grande aposta nos próximos meses para dar mais personalizade às conjugações spring/summer do Duarte. Vejam abaixo e digam lá senão tenho razão? 


Como já devem ter percebido, sou uma pessoa vaidosa q.b em relação a roupa e acessórios, mas no que toca a make up, nem uns simples smokey eyes sei fazer (coisa que qualquer teenager hoje em dia domina, nem que seja a ver tutoriais no youtube). Aplico diariamente um bom creme hidratante, e depois opto por base ou um bb cream, finalizo com um pouco de blush e já está.

Ultimamente (não sei se pelo "peso" dos "intas") senti vontade de começar a arriscar um pouco nos lábios e dar mais cor ao rosto. E, foi assim que cheguei à linha Infalible Lip Paint da L´Oréal. Confesso que, em primeiro lugar atraída pelo nome, infalível era tudo o que procurava e depois pela sua durabilidade, até porque andar sempre a retocar o batom não é solução para mim. Dentro desta linha existem 6 tons, que vos mostro abaixo, e que conferem um resultado mate/vinyl. A fórmula é líquida e possuiu superconcentração de pigmentos - ah, e resiste a tudo, ou seja, dura o dia inteiro!

[Cliquem nas imagens dos batons para informação de preço e cor] 

Beijos,

Nota introdutória: “amores” é o nome que o Duarte lhes chama.
 
Gostava, em primeiro lugar, de fazer um breve parêntesis sobre os 5 “amores” deliciosos ao olhar que tenho em casa: eles não foram planeados, mas foram muito bem-vindos, não são a nossa fonte de rendimento, mas vão ter um preço. Concordem ou não com esta visão, infelizmente sou da opinião de que o ser humano só valoriza aquilo que tem um preço. Quantas adoções fáceis morrem na estrada todos os meses? Quantas adoções fáceis são abandonadas porque roeram os pés da cadeira, o estuque ou a sola dos ténis preferidos? Encaro a entrada de um cão na nossa vida da mesma forma que encaro o pagamento de uma casa, um carro, roupas novas, um periquito ou o peixinho cor de laranja na loja de animais. Porque em algum momento da nossa história, alguém inventou a moeda e definiu que as regras assim fossem. Um cão é um compromisso para a vida, não é a peça de roupa gira que vai ser o IT do verão e que passados uns meses é trocada por outra, não é a moda momentânea do instagram nem o brinquedo dos filhos para o verão. Da mesma forma que existe um protocolo a cumprir para adotar um animal abandonado nos canis municipais e associações de acolhimento, este é o termo de responsabilidade que quero que os futuros donos dos meus cães assumam.
 

Aos futuros donos dos meus cães...  

      

1.

Quando forem buscar a vossa cria, lembrem-se que, acima de tudo, estão a levar uma vida para casa. Vida essa que vai fazer parte integrante das vossas durante pelo menos 13 anos, podendo ir até aos 16. Não é um bem perecível. Tem data de validade e é longa. Por isso, certifiquem-se de que estão a dar o passo certo.
 

2.

Quando forem buscar a vossa cria, vão conscientes de que essa vida tem sentimentos e que vai manifestar por vocês, todos os dias sem interrupção, a maior alegria do mundo sempre que chegarem a casa. O mínimo que têm que fazer por ela é reciprocidade.

 3.

Quando forem buscar a vossa cria, lembrem-se que ela tem uma cauda que abana quando fica feliz. Por favor, certifiquem-se que a fazem abanar todos os dias.

 4.

Quando forem buscar a vossa cria, mentalizem-se que ela envolve um trabalho diário extra de festas, passeio, brincadeira e educação (eles sabem ser bastante teimosos), que são tão essências quanto a água fresca e a ração. E um banho de vez em quando.

5. 

Quando saírem de casa para passear, lembrem-se que essa vida também vos pode acompanhar. E sempre que forem de férias, tentem fazer o mesmo.

 6.

Sempre que possível, retirem-lhe a trela e concedam-lhe liberdade. Nada deixa um cão mais feliz do que poder correr livremente. O mesmo em relação ao estar em casa, p.f. não os prendam a uma casota num canto do quintal com uma corrente, não há vida mais deprimente do que essa.

 7.

E, sobretudo, enquanto eles forem pequenos, protejam-nos, evitem praias, parques públicos ou sítios com muitos cães adultos, eles ainda não têm as defesas todas desenvolvidas e podem ficar muito doentes.

 8.

Um cão é um membro da família, é uma verdadeira relação a longo prazo que dispensa alianças e assinaturas de contratos, mas que tem que ser alimentada como todas as outras, com simples gestos no dia a dia.

Vi cada um deles nascer, a mãe deles faz parte da minha vida há 6 anos, eles não são “só” mais um cão, são uma extensão da nossa família, que durante 2 meses ou 3 nos vão dar o privilégio de passar por esta experiência, tão maravilhosa quanto enriquecedora daquilo que pode ser o nosso contacto mais puro com a natureza e forma como ela se gera.
 
Certa de que vos vão dar mais alegrias do que tristezas, é “só” isto que vos peço.
 
Fotos: minhas em parceria com a Barkyn, os especialistas 24horas em paixão canina e com o serviço mais completo de alimentação, snakck, brinquedos e aconselhamento "at you door" em Portugal.

 
Tenho muito respeito pela classe médica, mas às vezes sinto que existe um desagradável desrespeito ou preconceito com as mães. Quantas vezes não vamos ao médico e desvalorizam os sintomas dos nossos filhos? Quantas vezes nos fazem sentir exageradas ou nos tecem juízos de valor sem tampouco nos ouvirem ou consultarem o histórico da criança? Foi isso que aconteceu ontem e raios partam o meu mau feitio, mas não consigo ficar calada. Já escrevi e apaguei este post, já pensei e repensei sobre se o devia publicar, mas este espaço é meu e a liberdade de expressão existe para alguma coisa. 

Levar as crianças a um episódio de urgências num hospital público e ser bem atendido devia ser uma questão matemática, mas infelizmente é uma questão de sorte. Ontem fui para o hospital com o Duarte as 9h da manhã por indicação da pediatra. Estava pronta para ir para o trabalho quando ele começou a sangrar sem parar do nariz, e consequentemente pela boca. Enquanto chorava atrapalhado por estar a engolir sangue, sujou a cama, uma fralda inteira de pano que tinha à mão e lenços de papel sem conta que fui tirando do pacote até esgotarem e ter que ir ao WC buscar o rolo de papel higiénico. Esta situação não é nova para mim, ele tem a(s) veia(s) da narina direita muito sensíveis e sangra com demasiada facilidade, tanta que desde bebé não lhe posso pôr sequer soro quando está constipado para ajudar a descongestionar. Eu sei disso, a pediatra que o acompanha desde o 1º mês de vida também, na creche (de onde já me chegaram a ligar aflitas) sabem disso, precisamente para evitar que estranhem a situação quando ela se dá. O Duarte sangra com tamanha predisposição que basta bater ao de leve em algo, mergulhar com mais força nas aulas de natação ou simplesmente assoar o nariz para desencadear um fluxo enorme de sangue e ter que ficar em stand bye uns 30 minutos até estancar. Não é uma doença, mas não deixa de ser uma condicionante física. Já cheguei a estar parada à beira da estrada mais de 20 minutos a caminho da escola para lhe estancar o sangue do nariz que começou a verter do nada. Ele fica atrapalhado e nervoso com a quantidade que vê cair e engole e quanto mais velho está pior, a quantidade de sangue é mais e ele tem mais consciência do que se passa. Eu digo-lhe sempre que é normal e que acontece aos meninos de vez em quando para o tranquilizar e para não lhe passar tensão. Na consulta dos 4 anos, a pediatra indicou-me que no próximo grande episódio destes me dirigisse de imediato às urgências para lhe realizarem uma cauterização.

Aconteceu ontem um novo episódio de sangramento nasal e arranquei com ele, ainda de pijama, para o hospital, por indicação médica, pois segundo me explicou só no momento do sangramento conseguem detetar qual a veia que causa o problema para a selarem. Era meu objetivo enquanto mãe solucionar este problema. E como a frustração ainda não me passou voltei aqui para terminar o rascunho que ontem deixei em aberto. Isto não é mais do que espelhar o que acontece a tantas mães nas salas de urgência de um hospital público. 

Após a triagem, onde ainda sangrava, e 1h de espera para ir tirar sangue para análises e mais 2h30 de espera pelos resultados de coagulação ao sangue para despiste de algum problema desconhecido, subimos, finalmente para a especialidade de otorrinolaringologia pelas 15h. Após 6 horas à espera a tão esperada consulta na especialidade não demorou mais do que 10 minutos e resumiu-se a um médico que me tratou como se eu fosse a mãe mais galinha/exagerada do mundo e teve início com a seguinte desagradável e insultuosa frase "vamos-te lá ver Duarte que a tua mãe está muito preocupada". Gostava de saber de onde me conhece o Dr. para me fazer este juízo de valor? Consultou a ficha do Duarte? Viu que no historial dele são, felizmente, muito poucas as idas ao hospital? Não sabe, mas o Duarte esteve dos 3 aos 4 anos sem precisar de consultar a pediatra, 12 meses sem ir a correr para o médico, veja lá o quão galinha sou que até tive que os apresentar novamente um ao outro. Aconteceu o mesmo dos 2 aos 3 anos, imagine a sorte! De seguida, continuou "sabe que ele pode ter feito isto a ele próprio ao meter os dedos no nariz?" ao que eu perguntei "foi isso que fizeste hoje de manhã filho?" e ouvi um "oh mãe não pergunte isso à criança porque ele não sabe responder". Oi? Espera lá, o meu filho que sabe o alfabeto de A a Z, que sabe escrever o nome todo com 4 anos, que sabe dizer todas as equipas de futebol da I Liga só pelo símbolo não me sabe responder se tirou macacos do nariz?? Mau seria! Teria que o encaminhar já para uma consulta de desenvolvimento. 

Como já perceberam, a coisa começou a descambar, a minha energia após 6 horas de hospital deve ter instalado um estado de estupidez em mim (acontece-me sempre que sou mal atendida por alguém) que não me fez reagir de forma mais exigente. Ainda assim e de forma curta e grossa (pois já sabemos que médicos assim não estão para nos ouvir) expliquei-lhe tudo: que é frequente, que acontece todas as semanas, que tinha indicação médica para me dirigir ao hospital no próximo episódio e bla bla bla. Em frente a mim e sempre num registo irónico e duvidoso da minha palavra, estas foram as sugestões apresentadas: a) ficar no hospital à espera de novo sangramento para efetuar a selagem b) voltar num próximo episódio (recusei de imediato essa opção com todas as letras, deixei bem claro que isso foi o que fiz ontem) ou c) ficar em lista de espera para ser seguido na especialidade. 

Seis horas de espera para desvalorizar por completo o meu papel de mãe. Ninguém vai passar 7 horas ao hospital porque se está lá bem, de rabo sentado nas cadeiras aos quadradinhos a massajar a celulite. Para isso, até tenho um ginásio muito bom com uma coisa chamada Spa e que ainda tem uma rica sauna nos balneários. Gostava que a classe médica ao invés de tecer juízos de valor sem fundamento às mães e nos despachar em 10 minutos de uma consulta sem aprofundar conhecimentos sobre o paciente, se dedicasse de forma igual a solucionar os problemas. Não é para isso que existe a medicina? Quando uma mãe consciente se dirige ao hospital com um filho é porque o conhece melhor do que ninguém e sabe que algo não está bem ou está diferente. Noites de febre, ranho, e tosse são peanuts para nós. Quando vamos é à séria. Não vamos perder tempo ao hospital só para nos passarem um atestado de burrice, incapacidade ou exagero. 

Tendo sido ontem segunda-feira, estaria o Dr. com uma espécie de monday blues e era chato fazer a cauterização? 

Sabem como terminou o dia? Deixo-vos o resumo mais real possível:


Ou seja, é para resolver no privado. Este não é um reflexo de todos os médicos, mas infelizmente em urgências pediátricas é um padrão habitual: observar a criança, desvalorizar a situação com frases dirigidas às mães e manda-la para casa. 
 
Pronto, deitei cá para fora! 
Esta semana recebi uma notícia que me deixou profundamente triste. Tão triste que ainda não consegui contar, por exemplo, aos meus pais (calma que não é nenhum drama daqueles). Mas sou assim, quando me dói cá dentro fico calada. Escolho o silêncio. Preciso dele para assimilar, pensar, repensar e por fim, conseguir soltar as primeiras palavras. Tão triste que o Diogo quase chorou com a situação (sim, os pais também sofrem não são só as mães). A creche do Duarte que tanto adoro, que preenche todos os requisitos e mais alguns que sempre idealizei para um filho vai fechar. Aos olhos de quem está de fora sei que pode parecer um exagero extremo de mãe, afinal de contas ele iria ter que sair de lá um dia para ir para a primária, mas não contava que fosse desta forma. Assim tiraram-me o tapete, o porto seguro, o sitio onde já desenvolveu a sua primeira grande amizade, as 4 paredes onde deixo a minha vida entregue todos os dias de manhã com um abraço e um xoxo (sim, somos esse tipo de mãe e filho que mete nojo a alguns). 
Isto até podia não ser um problema caso ele já tivesse os 5 anos feitos, até porque o passo seguinte é a escola primária, mas acaba por ser um problema pois implica uma mudança forçada do seu ambiente habitual por 1 ano para um novo colégio/creche/jardim de infância (o que aparecer de melhor) e uma outra (para a primária) quanto ele já estiver novamente a assentar raízes. Ou seja, 2 mudanças de amigos, educadoras e escola nos próximos anos. Gostava de conseguir relativizar, mas não consigo. O cérebro tenta mas o coração não deixa. Sei o que me custou a mim a mudança de ambiente com a idade dele e conheço-o bem, sei o quanto ele é apegado às pessoas de que gosta, aos amigos escolhidos a dedo e ao espaço onde está presentemente. E depois, foram 4 anos muito bons e nunca é fácil desapegarmo-nos de algo de que gostamos. 
Ao lerem este primeiro parágrafo devem achar que ele anda num daqueles colégios caríssimos e TOP. Não é nada disso. Ele não anda na melhor escola do país, eu não sou extremamente exigente com a educação (não tem que ser o colégio bilingue xpto ou a escola de educação com a corrente alternativa x e y). Ele anda num colégio na periferia da cidade que tem espaços verdes, montes de espaço exterior para brincar, animais à volta (ovelhas, gansos, patos), os muros não são grades, o horizonte não são prédios e o teto é o céu. É a educação livre e não enjaulada que tantos idealizam para os filhos e que, até há uma semana atrás, era o sitio onde eu imaginava que o Duarte ia ficar até ir para a primária. Não o mostro por questões de privacidade do Duarte, mas bastava uma imagem para perceberem onde quero chegar. 
Sinto-me perdida (alias, sentimo-nos porque para o Diogo o choque está a ser igual sem tirar nem pôr), não só porque temos que definir um plano nos próximos tempos para lhe poder dar a notícia (ele ainda não sabe) como vamos ter que cortar o cordão umbilical com aquela que foi a sua primeira casa depois da nossa. O plano A é inscrevê-lo já no ensino público e ter esperança que com 4 anos e apenas a fazer os 5 em janeiro de 2018 reste alguma vaga na pré-primária para ele (e já agora para o seu melhor amigo dele) já que todos os mais velhos e a completar os 5 até dez de 2018 têm prioridade. O plano B procurar um novo colégio (que implica pagar inscrição) para servir precisamente de plano B ao plano A caso não entre em nenhuma das escolas mais próximas de casa. 
O colégio dele na realidade não vai bem fechar, vai, por motivos que não interessam expor aqui, mudar de instalações, de localização e de dimensão. A nova localização é a minha última opção por questões logísticas matinais, pelo que só se o A e o B falharem, entrará em ação o plano C (continuar no mesmo num local que, a meu ver, em nada se compara). 
Ainda me lembro do primeiro dia em que lá entrei, aos 3 meses do Duarte, para fazer a visita técnica ao espaço, ficou logo mais do que escolhido, quem já lá foi (tenho feito sempre lá as festas de anos do Duarte), diz e sabe que não existe nada nas redondezas àquele nível. E é também por saber disso de antemão que ainda me doí mais esta mudança. 
Em breve, vou ter que lhe explicar com calma que a escola vai fechar, que vai ter que se despedir da educadora, da primeira namorada, quiçá do melhor amigo (vou fazer de tudo para que não tenham que se separar) e do espaço onde aprendeu a andar, a correr, a balouçar, a jogar à bola, a rasgar calças, a fazer piqueniques no verão, a andar de triciclo, a festejar o S. Martinho e o Sto. António com arraiais na rua para pais e filhos, a pintar, a escrever o seu nome e tantas outras coisas que ficam por escrever porque já me correm as lágrimas. 

Educar, às vezes, também dói. Não é uma dor física, mas não doendo quase que.
O corpo pede malhas, chá de gengibre e mantas polares. O cérebro pede sol, máximas de 20 graus, calor nas costas e ombros de fora. Primavera, estamos à tua espera para dar o melhor de nós (e para justificarmos aos maridos que precisamos de roupa nova), é que assim fica difícil! 

Estas são as minhas escolhas da semana 

[Cliquem nas imagens para info e preço]

Beijos



Primark | SheIn | Mr.Boho | Mango | Gosh


Não escrevo sobre ansiedade para parecer a coitadinha, para terem pena de mim ou para ter mais likes ou seguidores no blog, este cantinho não é um negócio, é uma extensão real de mim, da pessoa que sou e do que gosto de partilhar. Escrevo sobre ansiedade porque ela é real em mim, porque sei escrever sobre ela melhor do que qualquer outro assunto. I-n-f-e-l-i-z-m-e-n-t-e. Escrevo sobre ansiedade para dar um rosto real a um problema real tantas vezes ignorado (até pelos médicos) e na maioria delas desvalorizado. Escrevo sobre ansiedade para encorajar todas as pessoas que se identificam com os sintomas que descrevo e que me dizem "senti que me estava a descrever" a não desistirem do lado bom da vida porque a ansiedade consegue ser muito derrotista. E são muitos os dias em que ela nos estraga os planos Tenho um objetivo a médio prazo que é voltar a conseguir estar bem sem medicação, e acredito nele com força porque já estive 10 anos sem ela. No entanto, é normal que um problema com que lido no dia a dia, e acreditem, não há um único dia em que ela não exista em mim, é aquela amiga toxica que não queremos ter, me faça temer pelo futuro do Duarte. É o pior legado que lhe posso deixar. E se a ansiedade for hereditária? No seguimento do meu último texto, convidei a Psicóloga Irina Vaz Mestre a responder às minhas dúvidas e através de exemplos práticos a deixar algumas dicas para mães ou pais com TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) ou Ataques de Pânico. 

Posso evitar passar-lhe ansiedade?

A ansiedade tem vindo, nos últimos tempos, a aumentar de forma significativa, e isto é verdade tanto para adultos como para crianças. Muitas vezes apercebemo-nos que a ansiedade da criança no que diz respeito a determinado assunto é o reflexo da grande ansiedade que os pais têm relativamente a esse mesmo assunto. Lembro-me de um caso que acompanhei que revela claramente o que estou a referir. Foi-me pedido para observar uma criança, de 5 anos, que estava a exibir comportamentos de rejeição à escola, quando antes isso não acontecia. Todos os dias de manhã ficava a chorar muito, fazendo birras longas e recusando-se entrar na sala e a separar-se da sua mãe. Esta criança estava a revelar uma angústia de separação que era explicada pela extrema ansiedade que a mãe estava a sentir devido a uma operação cirúrgica delicada a que ía ser sujeita, nas próximas semanas. Este procedimento clínico gerou na mãe pensamentos de grande angústia que o seu filho incorporou, resultando num comportamento de rejeição à escola, uma vez que esta criança queria estar sempre perto da sua mãe, de forma a assegurar que nada lhe acontecia.

Quando descobrimos que, sem que seja essa a nossa intenção, estamos a transmitir aos nossos filhos a nossa ansiedade, então é fundamental que assumamos a responsabilidade pela nossa ansiedade e que trabalhemos, em primeiro lugar, o nosso interior de forma a retirar a nossa atenção dos pensamentos que promovem a ansiedade. Isto é crucial uma vez que, apesar de na maior parte das vezes, estes pensamentos não serem verdadeiros, eles têm o poder de assumir controlo sobre nós, fazendo-nos sentir e agir de determinada forma. Aqui entra o Mindfulness como parte da solução. O Mindfulness retira a nossa atenção aos pensamentos; treina-nos a prestar atenção plena a nós mesmos e ao mundo através dos nossos sentidos, desfazendo assim a ansiedade. 

Sendo os filhos um reflexo dos pais, como o posso proteger da minha ansiedade à medida que ele ganha perceção das coisas? 

A questão de querermos “proteger” os nossos filhos das nossas fragilidades é uma das questões que mais surge entre os Pais. Sabemos que não somos perfeitos, sabemos que temos questões internas para resolver e, ao mesmo tempo, sabemos que queremos ser o melhor dos modelos para os nossos filhos. Queremos que não sofram, queremos que não passem pelo mesmo que nós, queremos que a vida seja, para eles, o menos desafiante possível. E é legítimo que assim seja. E é aqui que surge a palavra ‘vulnerabilidade’. A nossa ‘vulnerabilidade’ é a força dos nossos filhos, a nossa força, a força das nossas fragilidades. Demonstrar às nossas crianças que também nós somos vulneráveis, que não somos perfeitos, que temos medos e preocupações, faz com que também eles assumam as suas e não cresçam a tentar fugir, evitar e resistir às suas frustrações e ansiedades. Saberem que também os Pais, os seus maiores modelos, lutam e não desistem das contrariedades que vão surgindo, é para eles a maior das lições que connosco podem aprender. Então, sejam transparentes quanto ao que sentem. Conversem sobre o que sentem. Falem sobre como tentam ultrapassar aquilo que querem que seja ultrapassado. E permitam que também os vossos filhos vos falem sobre as suas próprias inseguranças e medos. É importante que estas conversas se façam em privado, com total disponibilidade emocional para que possamos escutar e para que sejamos escutados.

Como podemos detetar a ansiedade nas crianças? Quais são os sintomas?

Quando abraçamos na Parentalidade uma atitude de partilha consciente (partilha das nossas ansiedades, medos, receios, limites), conectamo-nos de forma única com os nossos filhos e, de forma muito natural, apercebemo-nos das suas ansiedades. O assunto é conversado e discutido e as crianças não irão achar que devem reprimir os sentimentos mais desagradáveis. Pelo contrário, sabem que também esses são sentimentos legítimos, para os quais se deve olhar e procuram os Pais para partilhar o que surge no dia-a-dia.

Contudo, e ainda que não goste de generalizar, porque cada caso é um caso, existem sinais aos quais devemos estar atentos e que, de forma geral, se manifestam em regressões comportamentais. Quando começamos a perceber que os nossos filhos estão a regredir em comportamentos que já estavam adquiridos, isso pode ser um sintoma de que algo está a preocupar a criança. Por exemplo, crianças que começam a fazer longas birras sem uma causa aparente; dores de cabeça e/ou barriga sem explicação clínica; dificuldades em comer ou dormir, quando antes estas dificuldades não existiam; início de hábitos tais como roer as unhas. É importante analisarmos as alterações que podem estar a ocorrer na vida da criança e que possam estar a provocar a ansiedade. É crucial conversar com a própria criança e com todas as pessoas que possam estar envolvidas. Perceber que necessidades emocionais estão por detrás do comportamento exibido e ir ao encontro dessas necessidades é crucial para atenuar a ansiedade e o medo que possa estar a existir. Caso a ansiedade se mantenha, deve procurar-se ajuda técnica. Um profissional que consiga, através da sua experiencia e do seu olhar clínico, entender o que a criança está a tentar comunicar, qual a necessidade em falta e, assim, providenciar acompanhamento parental e fornecer estratégias que atenuem a ansiedade da família. Este trabalho deve ser feito em conjunto com a família, porque ninguém substitui os pais e o papel que estes desempenham na vida de uma criança.

#somosmaisortesdoqueaansiedade
PS - Estou sempre disponível para falar sobre este tema, aqui ou em privado.


Sempre ouvi dizer que são as pessoas que fazem os sítios e no que diz respeito à Toys´r´us não podia estar mais de acordo. Aquela que é conhecida como a rainholândia dos brinquedos ultimamente só me tem dado razões para ficar zangada. Não sei como é a experiência convosco, mas a linha de apoio ao cliente comigo tem ficado muito aquem das expectativas. 

Dica: se procuram um brinquedo especifico é melhor irem à loja, não percam tempo a telefonar pois vão ouvir certamente um "está esgotado". Foi isso que aconteceu no Natal. Foi isso que aconteceu agora por ocasião do Dia do Pai. E adivinhem? Nenhum dos artigos estava esgotado, consegui encontra-los em loja. Bastou lá ir. É feio. Passa má imagem, descredibiliza uma empresa histórica de 1948 na qual eu tinha muita confiança. Achava-la a expert dos brinquedos. 

Não sei as razões que levam à desmotivação de quem lá trabalha: excesso de trabalho, falta de pessoal, remuneração baixa? Assim à partida são as primeiras que me surgem tendo em conta a falta de empenho que sinto sempre do outro lado do telefone. Como é que um player tão grande na área dos brinquedos se está nas tintas para o cliente que está do outro lado do telefone a tentar tudo por tudo o brinquedo x para fazer o filho feliz? 

Vamos à primeira situação, no Natal: o Duarte queria muito o jogo Antão, o Porco Comilão. Cheguei a lançar uma "petição" pública para se alguém avistasse o jogo me avisar. Ligámos para todas as lojas físicas e online de brinquedos deste pais. Obviamente a Toys´r´us Colombo foi uma das nossas hipóteses, onde ouvimos também um "está totalmente esgotado, não temos nenhum exemplar, mas contamos receber um carregamento". Ok, aceitámos que não existia nenhum em parte alguma, e apesar de inconformados planeamos dar nos anos, no mês seguinte. Janeiro de 2017, semana de anos do Duarte, uma nova chamada para a loja a e ficámos a saber que continuavam a não ter nenhum em stock. Insistimos ao telefone pois tinham-nos dado indicação de que iriam chegar mais, mas garantiram-nos que não havia nenhum. Conseguimos com sorte, mandar vir a versão John Adams Pig da Amazon.uk. No entanto, nessa mesma semana, dirigimos-nos à loja para comprar a prenda do melhor amigo do Duarte que faz anos apenas com 4 dias de diferença dele e adivinhem qual foi o jogo com que demos de caras nas prateleiras? Esse mesmo, o jogo que tanto procurámos para dar ao nosso filho. Como podia ter sido uma troca, demos o beneficio da dúvida. Mas saímos de lá desconfiados.   

Segunda situação: a prenda para o Dia do Pai. Planeei fazer o DIY que vos mostrei ontem porque tinha estado na loja e achei logo o pack giro para emoldurar. Só não comprei na altura porque estávamos com o Diogo e lá se ia o efeito surpresa. Domingo, dia 11 de março, após a aula de natação do Duarte, fiz uma chamada para a loja Toys´r´us de Telheiras e para a do Colombo para validar a existêcia de stock e não fazer a viagem em vão.  Em Telheiras, uma voz firme diz-me logo que não tinham o pack da playmobil. Liguei para o Colombo de seguida e este é o resumo da chamada (feita em modo alta voz dentro do carro no parque de estacionamento da piscina, e já vão perceber o porque deste detalhe):

Eu: Bom dia, gostava de saber se ainda têm em stock o pack de piratas Playmobil pai e filho? Custa 5.99€.
(passagem da chamada para o departamento)
Eu: Bom dia (repito tudo o que disse anteriormente e fico à espera)
Colaborador Toy´s´rus: Obrigado D. Raquel, estive a ver em loja e de momento não temos nenhum.
Eu: Tem a certeza? Estive ai à pouco tempo, estavam mesmo à entrada da loja. Custam 5.99€. É um daqueles pack especiais da Playmobil com dois bonecos... 
Colaborador Toy´s´rus: espere um pouco, vou verificar se existe aqui na secção das figuras (chamada em espera). Não, olhe, já não temos nada de momento. 
Eu: Ok. Obrigada!

Já desconfiada da primeira situação de janeiro virei-me para o Duarte e disse "vamos lá na mesma filho, a mãe acha que há e que não viram bem", só cai à segunda quem quer, pensei para mim. E estava certa, cheguei à loja, dirigi-me ao mostrador onde tinha visto pela primeira vez e lá estava um pack de piratas pai e filho à minha espera. Consideração imediata do Duarte "mãe, mentiram-nos, disseram que não havia", "pois foi filho", "porque mãe? mentir é feio". Pois é, é muito feio. Tão feio que até uma criança de 4 anos se sentiu injustiçada. Durante breves minutos ainda pensei ingenuamente que se calhar só tinham aquele e não viram bem... mas foi sol de pouca dura. Bastou dirigir-me à seção da Lego para ver uma fileira inteira pendurada na vertical de packs pirata Playmobil pai e filho, ou seja, não só tinham 1 como deviam ter cerca de 6 ou 7, uma margem de erro muito grande para alguém me garantir ao telefone que não existia o produto procurado

Raramente me manifesto sobre estas coisas, mas dirigi-me de imediato ao balcão de informações e fiz queixa verbal. Fui curta e grossa, estava zangada de, pela segunda vez, em tão pouco espaço de tempo me terem omitido a existencia de um produto que procurava. Disse apenas "liguei hà 15m para cá e garantiram-me que isto que tenho aqui na mão não exisitia. Informo que não só existe ali na zona da Playmobil como existe uma fileira inteira na zona Lego. Acho lamentável a vossa falta de profissionalismo e só não faço queixa escrita para não colocar nenhum posto de trabalho em risco". 

A colaboradora cabisbaixa disse apenas "ok, vou reportar". Nem um "lamento", nem um "peço desculpa", nem um "não devia acontecer". NADA. Será isto descuido ou puro desleixo perante os clientes? Assim como na loja não quis fazer queixa escrita, neste post também não quis referir nomes pois não é meu objetivo deixar ninguém em maus lençóis. Mas da mesma forma que são os colaboradores que fazem um casa, também são os clientes que compram que a fazem. Não era suposto existir maior interesse em vender? 

Por último, fizeram o meu filho lidar de perto com a mentira. Não gostei e não consigo ficar calada. Estou desiludida e não me apanham mais na curva. Sempre que puder comprar noutro local, é assim que farei. Perderam a minha confiança e fidelização.
  

Nota inicial: este post vem com delay por razões óbvias, mas a ideia pode ser adaptada, por exemplo, para o dia dos avós!

Nada melhor do que o Dia do Pai para fazer um DIY com o Duarte. Com 4 anos achei que o mais acertado era o miminho incluir algo de que ambos gostam. E, se há coisa que o Duarte gosta é de piratas e de brincar, brincar muitoooo, com o pai. O pai é pau para toda a brincadeira, há dias em que ele lhe esgota o nome, mais do que a mim! O Diogo, por seu lado, não é nada consumista e gosta mais do simbolismo do que do valor do presente, por isso, planeámos secretamente a prenda (o que foi bastante divertido!). Criámos um esconderijo em casa e um dia quando o pai não estava, metemos mãos à obra.

Tinha visto o pack especial pai e filho da Playmobil na Toys´r´us em janeiro e fiquei logo com a ideia em mente para o Dia do Pai. E assim foi, num domingo em que estávamos sozinhos rumamos ao Colombo para escolher  os piratinhas, depois parámos no IKEA para comprar uma moldura e depois foi só materializar a ideia (colocar os piratas dentro da moldura com cola quente). 

O Duarte quis que fosse ele, o filho, a ficar a segurar o papagaio, já que adora "pacagaios" desde bebé (não sei como nunca me pediu um) e apenas retirámos as armas. Sou assim, não gosto delas, nem a brincar. Imprimi uma folha com mensagem personalizada e fun e aqui está o resultado final:

Material necessário:

Pack Playmobil Pai & Filho - 5.99€ na Toys´r´us
Moldura IKEA Ribba - 4.99€
Pistola de cola quente - já tinha, mas existe à venda na Tiger 

Total: 10.98€ 

O termómetro passa dos 20 graus e começamos a entrar naquela altura do ano que não é peixe-com-batata-cozinha-e-brócolos, mas também não é feijoada-transmontana-de-enchidos-regionais. Os pés começam a desejar formas mais leves e frescas e, embora ainda se prevejam alguns dilúvios, começamos a deitar o olho à próxima estação. Por isso, hoje trago-vos as novidades mais giras desta colheita primavera-verão´2017 para crianças e mamãs! E já agora, um bom fim de semana cheio de sol! O nosso vai começar em Belém, no 33ª Passeio Avós e Netos da Mimosa. Alguém vai estar por lá? 

IGOR | Primark | Mango | Stradivarius | Moleke | Butterfly Twists | Zippy | Gioseppo Kids
Beijos

Vá, têm um minutinho para olhar para o moço e depois é favor ler o texto aqui em baixo onde vos explico tudo. Está a contar!

Agora, vamos aos detalhes... 

Esta semana, o Virgin Active, o meu health club, lançou em parceria com Patrick Beach, o xuxu guro da Yoga internacional, uma nova abordagem às aulas de Yoga que vem revolucionar a forma como até aqui encaravamos esta modalidade.  

A começar pelo nome “Beach” e pelo ar descontraído, percebe-se logo porque é que o homem é o master da coisa. Depois, basta olhar para o seu corpo esculpido pela modalidade para perceber porque é que foi escolhido pela H&M para a sua linha Sports Studio o ano passado. Certamente trouxe para os ginásios Virgin Active dicas preciosas para a operação bikini e é desta que eu vou dar uma segunda oportunidade à Yoga.

São três as novas aulas já disponíveis e focam-se nos princípios core do yoga: Calm, Align e Strength, através de uma abordagem simplificada para que todos possam encontrar a aula com que mais se identificam e a que melhor responde aos objetivos pessoais de treino. O objetivo é que com o knowhow “ajudar a desmistificar o Yoga e encorajar as pessoas a adotar esta prática enquanto uma forma poderosa e eficaz de mindfulness (…) clareza e relaxamento (…) seja qual for a motivação, física ou mental”, diz o Patrick e eu não duvido! Tudo o que preciso!! 

Já sou frequentadora das aulas de mind and body, mas confesso que costumo torcer o nariz ao Yoga. Os planos para hoje são diferentes, vou sair do trabalho e mergulhar no mundo do mindfullness à la Patrick Beach. A aula que vou experimentar hoje é a de Yoga Strength, porque sou uma falsa magra com pouca massa muscular, mas explico abaixo, para as mentes mais curiosas, o conceito de todas e as suas diferenças. 

YOGA Calm: restauram o corpo e refrescam a mente com alongamentos e relaxamentos. Foca-se num trabalho de força, recuperação e respiração, inspiradas no Yin yoga. Estas aulas foram desenhadas para aliviar a dor, aumentar a mobilidade e rejuvenescer a mente, constituindo o complemento perfeito para um treino.

YOGA Align: trabalha o balanço interior e exterior com movimentos longos e precisos. Estas aulas trabalham a postura do corpo através de longos e poderosos movimentos focados no alinhamento. As aulas são compostas por níveis de facilidade e esforço iguais e foram desenhadas a partir dos estilos de yoga Iyengar, Hatha e Bikram. 

YOGA Strength: une respiração e mente num fluxo rápido de poses interligadas. Estas aulas de força robustecem a função cardiovascular, melhoram a coordenação e envigoram o corpo. Move o corpo num ritmo que liga a respiração a cada pose, através de uma série de rápidos movimentos que envolvem todo o corpo, em posturas de yoga retiradas dos estilos Vinyasa, Ashtanga and Power Yoga. 

Resumindo: relaxamento (Calm), melhoria da flexibilidade (Align) e aumento da força (Strength).


Para informações sobre as aulas, podem entrar em contacto com o Virgin mais próximo de vocês, através do site.

Como miminho extra, deixo-vos o link para o instagram do Patrick, para o poderem apreciar retirar mais dicas de bons treinos e postura.

Precisam de mais inspiração para começarem a cuidar mais de vocês?


Vão-me desculpar, mas o texto de hoje não é dirigido a mamãs, nem filhos, nem tão pouco é sobre moda ou lifestyle – é, para mim, mais importante que tudo o resto - é sobre direitos humanos. Aqueles pelos quais lutamos há séculos e que continuam a não passar de uma utopia.

Em 2014, uma jovem canadiana de 19 anos foi violada numa casa de banho durante uma festa em casa de conhecidos. Repito, conhecidos! Não eram estranhos, não eram pessoas que nunca tinha visto na vida. O juiz responsável pelo caso perguntou-lhe em tribunal "porque não manteve os joelhos fechados?". O caso agitou o país e agora, em março de 2017, 3 anos depois e depois de 19 dos 23 juízes do Conselho Disciplinar terem recomendado o seu afastamento, o juiz Robin Camp "aceitou" demitir-se. Foram precisos 3 anos para que justiça fosse feita contra a própria justiça. Foram precisos 3 anos para este homem poderoso baixar o ego e perceber que não tem coração.    

Sir Robin Camp, começo por dizer-lhe que tenho muita pena de não lhe poder dirigir umas palavras cara a cara. Provavelmente eu iria sair a perder, porque à boa maneira portuguesa ia começar por lhe dirigir uns quantos palavrões libertadores. Não tenho por norma usa-los, cresci na base da boa educação e dos bons princípios, mas quem defende violadores, merece ouvir as mais reles palavras que constam no nosso dicionário. E olhe que não são poucas. Creio que temos as melhores expressões da história.

Perguntar a uma vítima de violação porque não fechou as pernas é o mesmo que perguntar a alguém que se esqueceu das chaves dentro do carro porque as deixou lá. Ou a alguém que partiu um prato porque o deixou cair. Não consigo conceber como é que alguém com suposta capacidade intelectual superior consegue proclamar uma frase tão machista, desrespeitosa e despropositada quanto esta durante um julgamento. Precisamente um julgamento de uma vítima de violação. Faz ideia do que é abusarem de um corpo sem permissão? Nem os animais o fazem. Talvez a sua mãe é que devesse ter fechado as pernas. Perdão, está a ser difícil para mim manter o nível.

Sir Robin Camp, para mim, o senhor é tão violador quanto o arguido (que imagine-se, acabou por absolver). É violador de direitos humanos, é violador do respeito por outrem, é violador de mentalidades, é violador da igualdade, e o mais grave de tudo... é violador da própria profissão, que se quer imparcial. Naquela sala de tribunal tornou-se tão violador quanto o verdadeiro violador. Aposto até que tem uma mente tão suja quanto a do sujeito presente a tribunal dadas as vezes que durante o relato, que pude ler aqui, pediu à vitima para repetir como é que o violador lhe tirou as cuecas. Sabe, gostava de o mandar para o sítio onde os adeptos de futebol mandam os árbitros no final dos jogos. E mesmo assim ia saber-me a pouco.

E o pior de tudo é que o seu interrogatório não se ficou por aí, ainda teve coragem de dizer à vítima que "por vezes, o sexo envolve dor" e de sugerir que ela "enfiasse os genitais pela sanita abaixo para evitar a violação", continuando a não conseguir encobrir o seu lado porco e machista. A menos que a vítima fosse uma atleta de pesos pesados ou uma lutadora de Sumo, aqui neste pequeno país de onde eu venho, ainda nunca se conseguiram evitar violações por manter os joelhos fechados. Nem aqui, nem em lugar algum do planeta. Infelizmente, nós, as do sexo feminino, temos menos força física, uma conclusão com dificuldade de grau zero que parece não ter querido conseguido atingir. 

Ali, naquela sala de tribunal, o seu papel foi desumano, ímpio e vergonhoso. A vitima sentiu-se tratada como "uma prostituta" e passou por uma fase de "ódio" do próprio corpo. Será que com a sua idade (mais de 60 anos) não tem, no mínimo, ideia das consequências psicológicas de uma violação? Como pôde dar razão a um violador e ainda proclamar frases que de forma dissimulada e ao mesmo tempo tão direta incitaram a que a jovem é que se pôs a jeito? Ela estava mesmo a pedi-las não era? Realmente nós mulheres somos cá umas frescas, gostamos de sair à noite com pessoas que até conhecemos, gostamos de beber um copo, pôr maquilhagem, usar lingerie rendada e ainda achamos que só podemos fazer sexo com quem consentimos! Onde é que já se viu tamanha liberdade? 

Estou cansada de ver notícias como estas, de perceber que não se tratam dos meus pesadelos absurdos causados pela medicação para a ansiedade, mas sim da realidade do mundo em que vivemos. E muitos homens ainda perguntam porque somos feministas? Porque estamos cansadas do sexismo gratuito, desde o piropo que vem do andaime da obra, ao cobarde que bate na mulher para se fazer valer ou ao alto cargo de poder que desrespeita a secretária. 



Mas sabe uma coisa, lá no fundo tenho pena de si, por ter uma alma tão pobre. Felizmente, o Conselho Disciplinar decidiu que "era profundamente destrutivo o seu conceito de imparcialidade (…) e que a confiança pública foi suficientemente minada para continuar a ser o juiz ". Não se demitiu porque quis, mas sim porque foi forçado. E sabe o que me dá ainda mais gozo? Ter a certeza de que o comité de inquérito do Conselho Disciplinar que o afastou do cargo era formado por 5 mulheres. 

No final de contas, o veredito foi nosso. You lose! We win! 

Foto créditos: Google

Cuidar da saúde, praticar exercício de forma regular e passar tempo com os filhos parece muitas vezes uma missão impossível, não é? Encaixar todas as tarefas do dia a dia parece um quebra cabeças e por vezes sentimos que para ir treinar, temos que abdicar do pouco tempo livre com os nossos filhos. Além disso há a roupa para lavar, o jantar para fazer, a marmita do dia seguinte para planear, o banho para dar, etc. E que tal encarar o exercício como tempo em família? Como um momento pensado para desfrutar. 



Nesta tentativa constante de conciliar a maternidade com o bem-estar, ultimamente tenho tentado enfiar tudo no mesmo “saco” e levar o Duarte comigo ao ginásio ao fim de semana. Esta foi, inclusivamente, uma das minhas razões de escolha do ginásio. Aproveito os horários em que há aulas Kids e enquanto ele se exercita, eu faço o mesmo. Da última vez resolvi mimar-me e aproveitar para ir para o Spa enquanto ele fazia a aula de natação (que adora). Vantagens: 1) consigo estar a vê-lo a partir do spa e ele a mim, 2) saímos os dois de lá revitalizados e com energia para agarrar o fim de semana. Também podia ter feito natação nas pistas do lado para ele se sentir mais acompanhado, mas ele gosta tanto de natação que só quer saber de mim para me mostrar as “gracinhas” que já sabe fazer. Ele adora o ambiente do ginásio, até o apelida de “shopping”, porque para além das áreas de exercício físico tem o Club-V, um espaço com animadoras, brinquedos e pinturas onde ele pode ficar a brincar com outros meninos. E como não lhe consigo ainda explicar em que consiste um Health Club, de vez em quando pergunto-lhe se quer ir comigo ao shopping da ginástica. 


Esta tem sido também uma forma de lhe dar o exemplo, transmitindo-lhe a necessidade da prática regular de exercício físico regular, ao mesmo tempo lhe fomento desde cedo um estilo de vida saudável, ajustado, é claro, às capacidades dele. 

Felizmente as mulheres estão cada vez menos desleixadas após a maternidade, e são cada vez mais as ofertas como estas que jogam a nosso favor. Cuidar do corpo é também cuidar da mente e da nossa auto-estima. Por isso, mimem-se sem remorços, arranjem tempo e forma de o fazer, até com os vossos filhos atrás. 


Beijos
Em countdown para o Dia do Pai, deixo-vos algumas sugestões que primam pela originalidade para fugirem ao tradicional perfume ou à garrafa de vinho, deixem isso para o Natal ou para as restantes ocasiões, ainda a semana passada dei uma garrafa de tinto ao meu, só porque sim, só porque me apeteceu mima-lo no nosso almoço habitual de domingo. A partir de 3€ e até 40€, mostro-vos algumas ideias giras para todos os tipos de pais e para o orçamento disponível. Um álbum que podem encher com fotos e mensagens de pai e filho(s), um livro para os que gostam de ler, um porta-chaves de super herói para as chaves de casa ou do carro, uma caneca para ter no trabalho com uma mensagem ternurenta, t-shirts matchy-matchy, etc... Seja qual for o preço, o que conta é a intenção e o efeito surpresa! A prenda do Duarte para o pai vai ser um DIY, que andamos a fazer em segredo, gostava de poder partilhar a ideia em antecipação, mas por razões óbvias não vai dar :)  




Tiger | Wook | Papagaio Sem Penas | Mr.Wonderfull | Mo | Women´secret | Springfield


No sábado levei o Duarte ao aniversário de um amiguinho no Loureshopping e fiquei vidrada na montra da Foot Locker. No caminho de regresso para o carro não resisti e tive que entrar na loja para os “ver em mãos” (se é que entendem este português trapalhão). Como é que a Puma faz uma coisa destas ao meu coração? Como é que lança uns ténis tão amorosos e simultaneamente tão revivalistas, e ainda lhes espeta um laço XL em veludo cheio de pinta?

Esqueçam os Adidas Gazelle ou os Nike Cortez, os novos Puma Suede Heart Reset chegaram para redefinir o street style nesta primavera/verão onde reinam os folhos e os laços e cheira-me que vão virar rapidamente o ícone do momento. E eu que acabei de comprar uns com pompons (e que adoro), vou ter um caso sério a resolver com estes pequenos heartbreakers.   

Durante o fim de semana pesquisei mais um bocadinho sobre esta novidade de última hora e percebi que em Portugal vão estar disponíveis em três cores:  Aruba Blue, Prism Pink e Soft Fluo Yellow. É a perdição total!



Beijos

                                                                        

Perco-me por decoração, adoro ambientes acolhedores, inesperados, com vida, que apetecem devorar e revelam história através de detalhes únicos. E sim, sou daquele tipo de pessoa que acredita que a decoração da nossa casa influência a nossa forma de estar. O local onde moramos é uma extensão da nossa identidade e devemos sentir que é agradável viver ali. Tantas vezes gosto de me sentar no sofá a beber um chá e ficar a namorar o ambiente circundante. 

Claro que os gostos têm custos e não posso andar sempre a mudar a decoração (i wish), mas quando posso faço uns updates lá por casa, inclusivamente já "despachei" umas cadeiras quase sem uso no OLX para poder comprar novas para a sala. Acima de tudo, gosto da predominância do branco com apontamentos de cor e do toque retro que as plantas e peças em madeira lhe dão. A grande vantagem do branco é que me permite adicionar cor e retirar quase todos os meses sempre me apetece.  A semana passada fui conhecer a nova KARE Design, situada em Campo de Ourique, para os mais distraídos é a loja de origem alemã irreverente de decoração de interiores que já existia na LX Factory e que agora chega também em grande dimensão (850 m2) ao bairro mais cool de Lisboa.  

A KARE Design é conhecida por ter peças irreverentes de decoração que são únicas, não-conformistas, nunca aborrecidas e sempre cheias de imaginação e inspiração. E adivinhem quem levei atrás? A melhor amiga que calha ser uma decoradora talentosa aqui e só não perdemos a cabeça porque somos umas miúdas atinadas e o dia era de inauguração, preview da coleção e não de compras. Além disso dizer aos maridos que fomos só ali ver uma loja e voltar com a SUV cheia era coisa para nos deixar em manobras de reanimação. 

Há de tudo. Sendo o foco principal mobiliário, iluminação e objetos de decoração nos mais variados estilos. A minha carteira gostava que eu não tivesse gostado de nada (desculpem a redundância), mas porque `"Às sextas sou vaidosa" partilho a extensa lista de objetos que podiam ir morar lá para casa! Os meus olhos lançam confetis aos catos em cerâmica. 


WHO ELSE DARE TO KARE?

 
Beijos.


Esta viagem da maternidade tem muito que se lhe diga. Cada esquina é um desafio. Cada fase uma aprendizagem. E se há coisa que já aprendi é que nunca estamos sozinhos na forma de educar. Educar estende-se muito além dos ideias que o pai a mãe acreditam, já que no dia a dia os nossos filhos convivem com terceiras pessoas, tendo elas ligação familiar ou não.    

No que toca a educação, sou muito terra á terra, não gosto de subornos "faz isto e eu deixo aquilo", detesto a e criação de falsas expectativas e existem algumas expressões bengala a que os mais velhos e os auxiliares de educação recorrem, acredito que sem maldade, mas que me fazem comichão. Não estou a apontar o dedo a ninguém (tirando o meu pai e a minha mãe que me vão perdoar), mas já as ouvi em determinados momentos e não as considero nada benéficas. Não fico de cabelos em pé, mas tenho que contar até 5 vá.

Vamos ao (meu) top 4:

1.
"Coitadinho. É pequenino."

Esta é de caras. Estamos nós a dar uma reprimenda na criança porque se portou mal, ela deita umas lágrimas e lá vem a tia-avó ou a avó-cega-de-amores que lhe dá colo enquanto defende a pequena criança dos pais mauzões que lhe querem dar educação. Os bons princípios não ocupam lugar sabiam? Impor limites também fez parte da nossa infância e não nos perdemos por isso.  
Não gostamos de desapontar as crianças, mas senão o fizermos estamos a priva-las de uma experiência importante: a frustração.  Lidar com a frustração é importante desde a infância. Nós, adultos, sabemos que nem todas as nossas vontades podem ser atendidas – aquela viagem paradisíaca, a casa de férias, o perfume xpto, as crianças também precisam entender que, ao longo da vida, é normal lidar com a negação. Por isso, é importante receberem pequenas doses de frustração desde a infância. 

2.
"Enquanto se come não se fala" 

Em primeiro lugar, estar á mesa não é uma ditadura, abomino esta expressão desde a infância. Sempre fui um pisco a comer (segundo a minha mãe e tenho as minhas sérias dúvidas tendo em conta as doses individuais industriais que me manda na marmita quando sobra comida do almoço de domingo ou quando a vejo dar ração ao cão). Com esta frase irritante, os meus pais, desesperados para eu comer (eu sei), conseguiram tornar o momento de estar à mesa ainda mais irritante para mim. Eu sei que recorreram a várias estratégias, mas esta foi a piorzinha. Pai e mãe, desculpem, mas não é novidade e já falámos várias vezes sobre isto. 
Em segundo lugar, considero que a hora da refeição e o estar à mesa com a família é precisamente o oposto. Estar à mesa é uma forma social de convivência e de fortalecimento de relações e conexão familiar. Enquanto se come não se vê TV, não se joga Ipad, não se mexe no telemóvel, isso sim, mudem a frase, que eu apoio a 100%.  

3.
"Senão comeres tudo não..." 

Aqui entramos no campo da ameaça e não me cheira bem. Os mais velhos gostam de a usar, acham que com um bocadinho de pressão a criança despacha o prato. Coloquem-se no lugar da criança e imaginem alguém a obrigar-vos a comer mais do que vos apetece com uma ameaça apontada á cabeça. Chegaram lá? Não incentiva nada, pois não? Experimentem “se comeres tudo podemos ir ao parque brincar” ou “assim que terminares de comer podemos ir passear”.

4.
"Olha que o pai e a mãe ralham" 

Isto não é bonito. O pai e mãe não estão presentes ou estão mais distantes e usam como argumento a ameaça de que a figura paterna ou materna vão ralhar. O papá e a mamã gostam muito da sua cria e não querem que ela ache que são os mauzões do pedaço. O papá e a mamã “ralham” quando estão presentes e consideram que é necessária correção. E também dão uma palmadinha quando é preciso. Quando a criança se está a portar mal sem os pais estarem a ver não vale a pena incutir-lhes o medo dos papás. Tentem estas “sabes que o pai e mãe vão ficar felizes se te portares bem?” ou “se te continuares a portar mal vamos ter que ir embora”. 

Existe ainda outra, que já deixei de ouvir, mas que é igualmente irritante: 

"Tão crescido e de chucha" ou " Tão bonito e ainda de chucha "

O Duarte largou a chucha ainda não tinha 2 anos e meio, dentro do timing dele, e para mim, dentro do timing certo. Mesmo assim, não me livrei de ouvir umas quantas vezes na rua a famosas exclamações (de quem nem sequer está por dentro do assunto) "tão crescido e de chucha", "tens que largar a chucha" ou "dá a chucha ao cão". Mas que raio de fixação é esta que as pessoas têm com as chuchas? Conhecem alguém que use chucha com 15, 18, 30 anos? Não, pois não? Ela a seu tempo vai ser deixada de parte, não se preocupem tanto pois nós pais conhecemos os nossos filhos melhor do que ninguém e sabemos quando será a altura certa ou até mesmo a iniciativa possa partir da própria criança. Dizer isso a uma criança é apenas exercer uma pressão sobre ela que ela própria desconhece pois a realidade dela é a da infância, não a vida adulta. 

E vocês, contem-me tudo, serei a única a achar que estas frases são muito mais irritantes do que pedagógicas? 

Beijos,