BabyTime: agosto 2018




Já ia escrever aqui sobre o tema e nem de propósito a semana passada assinalou-se a Semana Mundial do Aleitamento Materno, por isso, faz ainda mais sentido vir aqui passar o meu testemunho e tentar ajudar quem vai passar pelo mesmo desafio.   


Na consulta de rotina dos 4 meses a pediatra do Xavier desafiou-me a fazer amamentação exclusiva até aos 6 meses, como recomenda a OMS (Organização Mundial de Saúde) mesmo indo trabalhar já agora quando ele completar 5 meses. O que significa que vamos tentar manter o leite materno até aos 6 meses como única fonte de alimento e só depois vamos introduzir as sopas e posteriormente as frutas e papas nos intervalos das mamadas. O Xavier está no percentil 85 de peso e a pediatra não vê necessidade de começar já a comer papas cheias de açúcares - concordei. 

Sou pro amamentação, mas não sou fundamentalista, cada mãe deve ter liberdade para decidir até onde quer ir. Durante a gravidez até achei que provavelmente não ia amamentar muito tempo o Xavier devido à experiência com o Duarte não ter sido famosa (embora bem sucedida, mas cheia de ameaças de mastite). Mas estando a correr bem so far, não vejo razão para não fazer um esforço extra para cumprir esta primeira meta tão importante para os bebés. Os benefícios são conhecidos e tenho muita pena que a lei laboral nacional não proteja este principio como fazem muitos outros países. Ainda assim, não aceitei o "é impossível" e vou tentar. Estou otimista.


"Amamentar em exclusivo durante os primeiros seis meses de vida protege contra a subnutrição, não só nos países em desenvolvimento, mas também nos países industrializados (...) 
o aleitamento materno diminui o risco de infeções gastrointestinais, diminui o risco de obesidade nas crianças e adolescentes, melhora o desempenho escolar e reduz o risco de cancro da mama e do ovário na mãe" 
refere a OMS. 

Esta é para mim uma experiência totalmente diferente da que tive com o Duarte, que com a mesma pediatra, introduziu as papas aos 4 meses e manteve a amamentação nos intervalos das refeições. Contava que ia ser tudo igual com o Xavier, mas o desafio foi lançado e agora não há volta a dar. Por isso, durante este mês estou a tirar leite para deixar em stock para o mês do pai. Uma semana antes de ir trabalhar vou começar a habituá-lo ao biberão. Tenho partilhado algumas dicas pelo instagram e são tantas as meninas na mesma situação a pedir mais informação sobre o tema que achei melhor passar para "papel".



RESALVA: AS DICAS ABAIXO NÃO SÃO A BÍBLIA SAGRADA DA AMAMENTAÇÃO, NÃO SOU CONSELHEIRA DE AMAMENTAÇÃO NEM TENHO EXPERIÊNCIA NA ÁREA DA SAÚDE. SÃO COM BASE NA MINHA EXPERIÊNCIA COMO MÃE E COM INFORMAÇÃO ABSORVIDA FRUTO DA PARTILHA DE EXPERIÊNCIAS COM MUITAS OUTRAS MÃES. 



PROLONGAR A AMAMENTAÇÃO 


AUMENTAR A PRODUÇÃO - TIRAR LEITE - FAZER STOCK


1. Em primeiro lugar, arranjei uma bomba extratora de leite elétrica, por experiência pessoal anterior, sei que só consigo extrair dessa forma (as manuais comigo não resultam) e sacos de congelação de leite materno para começar a fazer stock em casa. Após testar a bomba percebi que não conseguia tirar muito leite de cada vez (é normal que aconteça) e decidi voltar a estimular a produção de leite com algumas ajudas.




2. Voltei a tomar Promil (suplemento de amamentação) e voltei a beber mais líquidos, incluindo o chá de cardo mariano (à venda no celeiro) que é conhecido por ter propriedades que ajudam a produzir mais leite, o próprio Promil tem na sua composição cardo mariano. Mas regra geral, ajuda bastante beber muita água, podem intercalar o chá de cardo mariano com camomila, erva príncipe, cidreira, etc. Se tiverem dúvidas quanto aos chás serem seguros, consultem o E.Lactancia.  




3. Para não condicionar demasiado as minhas rotinas nem virar escrava da bomba, tiro leite duas a três vezes ao dia, enquanto ele mama. Ofereço uma mama e faço extração na outra em simultâneo (não é a manobra mais fácil do mundo, mas consegue-se). 


4. A altura do dia em que extraio mais leite é no período da manhã, por isso aconselho a fazerem o mesmo, comecem logo na primeira mamada do dia.


5. Comecei com um total diário de 120ml (tirado em alturas diferentes pois só conseguia uns míseros 40ml de cada vez) e neste momento 100ml é o que consigo tirar de uma mama de manhã (altura em que tenho mais produção) e no resto do dia tiro mais 50ml ou 100ml de ambas.  

[Contas feitas, estou a armazenar um total de 200 ml/dia que distribuo por sacos de 100ml e de 50ml. O objetivo com o Promil e com o chá é aumentar estas quantidades (há quem tire muito mais de uma vez), mas para já, aceito o que tenho como o possível.]

6. O leite extraído de manhã vai para o frigorífico e quando volto a tirar junto ao mesmo (não devemos juntar leites de dias diferentes, apenas "o" do dia). Após as 3 extrações diárias congelo. Se quiserem saber mais sobre o armanezamento x validade, sugiro este artigo.




7. Uma dica preciosa que me deram foi a de não desanimar se ao inicio sair pouco leite (parece que é comum) e com o tempo e estímulo vamos conseguindo aumentar (eu já noto resultados em tão pouco tempo). Assim como noto menos produção se beber menos água, por isso, façam dos líquidos uma regra.

8. Vou, sempre que possível, amamentar o bebé na hora de almoço ou extrair leite de ambas não só para aliviar a subida de leite como para armazenar mais, como referi acima.

9. Não entrem em stress se chegar o dia do bebé ficar com o pai e não terem ainda leite suficiente para todas as refeições necessárias, vão retirar mais durante a hora de almoço no trabalho, por isso o stock vai ser reposto. Esta experiência tem sido partilhada comigo por muitas meninas, por isso, confio que assim seja.

10. Sejam positivas, confiem no processo. Há quem diga que extrair leite a ver fotos ou vídeos dos pequenos ajuda a ter mais produção, por isso, não desistam no primeiro obstáculo.


A bomba que estou a usar é o modelo Bomba Elétrica Simples da Lansinoh, faço estimulação do peito 1 a 2 minutos (ferramenta da própria bomba) e depois inicio a extração. Começo com sução moderada e vou aumentando gradualmente até ao máximo. Deixo aqui um vídeo.


Quem mais está neste desafio?

Quem mais em countdown para o regresso ao trabalho?

    

Mudámos de carrinho mesmo antes de ir de férias e não podia estar mais contente com a escolha. 
Já tinha aqui manifestado a vontade de mudar de carrinho pois o nosso tornou-se volumoso para as tralhas de dois filhos, sobretudo porque o Duarte não prescinde da bicicleta e eu não sei viajar sem levar uma casa às costas. Além disso o nosso já tinha uns anos e o sistema de fecho estava a acusar desgaste. Fez muitos km de passeio!

Inicialmente estava inclinada para um Quinny Zapp (que acho super compacto) e é uma marca que sempre gostei, mas a escolha acabou por ser um Bebéconfort Laika. É um novo modelo que não conhecia e onde, após muitas pesquisas online, encontrei todas as características que procurava: conforto, dimensão reduzida, peso leve, ser compatível com o babycoque, reclinável e o que mais gostei: ser um misto de carrinho urbano x carrinho bengala, ou seja, é um carrinho com visão de futuro, para usar na boa até aos 3.5 anos (não terei que comprar mais nenhum para mais tarde). Além de que se abre e fecha tipo leque com apenas um click. É acima de tudo prático e isso combina comigo! Encontrar um carrinho que "casa" com o nosso lifestyle é meio caminho andado para o sucesso.



Percebo bem a missão complicada que os pais têm para encontrar o carrinho ideal (been there) e quando me perguntam que carrinho escolhi a verdade é que não consigo despejar apenas a marca e o modelo pois dentro da mesma marca pode haver um modelo mais adequado para o estilo de vida que pretendem fazer com o bebé. Com base na minha experiência de mãe, gosto de fazer perceber que há muitos factores a ter em conta e por isso resolvi partilhar este meu achado e aproveitar para deixar algumas dicas para quem está neste momento à procura do carrinho ideal. Muitas vezes olhamos só para o design (que se quer giro) mas esquecemo-nos do resto.



DICAS PARA A ESCOLHA DO CARRINHO CERTO:


1. Budget: definir um orçamento é o passo base para começarem a procurar.

 
2. Espaço: analisar o espaço disponível para transportar/arrumar o carrinho, quer em casa quer na mala do carro (onde ele vai andar muitas vezes).


3. Utilização: perceber se a utilização vai ser mais citadina ou rural. Para o meio cosmopolita um carrinho com rodas pequenas e duras serve na perfeição, porém se viverem no campo ou se pretendem fazer muitos passeios ou caminhadas, talvez seja melhor optarem por um carrinho de rodas grandes com câmara de ar.  


4. Peso: o peso do carrinho é um factor muito importante, sobretudo para as mamãs que o vão carregar mais vezes pois são quem acaba por estar mais tempo com os bebés nos primeiros meses de vida. Um carrinho pesado pode dar umas valentes dor de costas.


5. Ver vídeos: vejo sempre reviews e opiniões antes de escolher, um bem haja ao Youtube.


6. Lifestyle: escolher o carrinho de acordo com o nosso lifestyle é para mim a dica mais importante de todas e a mais difícil pois antes de sermos mães não fazemos ideia de como é a experiência de utilização de um carrinho, fazemos a escolha com base em suposições. Por isso, a minha sugestão é que ponderem bem todos os aspectos acima antes de avançar. Eu saio quase todos os dias com o Xavier, para mim é impensável ter um carrinho pesado e que requer muitas manobras para montar/desmontar, procuro sempre uma solução prática e leve e foi o que encontrei com este modelo.


Aproveito para vos deixar um vídeo onde podem ver todos os pormenores:



Espero que vos tenha sido útil!

Beijos