BabyTime: #DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR AOS 4 MESES X 6 MESES: O QUE ACHEI DIFERENTE!

#DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR AOS 4 MESES X 6 MESES: O QUE ACHEI DIFERENTE!

21 setembro 2018


Não sou a chamada mãe-wikipedia. Não sei tudo sobre bebés. Não perco horas a pesquisar e comparar correntes educacionais ou alimentares. Não sei se o patinho amarelo para o banho da marca x é melhor que o da marca y. Não tenho o ultimo estudo da Deco Proteste na mesa de cabeceira (mas há alguns muito bons, atenção!). Sou a mãe curiosa que gosta de se manter informada e atualizada (muitas vezes até junto de outras mães que são ninjas a dominar temas vários), mas que não entra em fundamentalismos ou extremismos sobre as coisas. Gosto de ser eu a formar a minha opinião com base nas experiências que vou tendo com os dois neste mundo da maternidade. 

As únicas coisas onde dediquei mais tempo até hoje foram as que requeriam um investimento mais alto, como as cadeiras-auto, o carrinho, a cama, o porta-bebés, objetos que se destinam ao conforto, proteção e segurança dos meus filhos. Em tudo o resto, sou descontraída, sigo o instinto maternal e neste segundo filho recorro bastante à experiência anterior e claro, às avaliações/opinião da pediatra.

Com o tema introdução alimentar tive duas experiências totalmente diferentes: um filho que começou aos 4 meses com papa versus outro filho que começou aos seis meses com sopa e por isso, venho aqui dar a minha opinião sobre o tema, pois pode ajudar outras mães a decidir qual o caminho a seguir. 

Introdução alimentar aos 4 meses x 6 meses: quais as diferenças?

Se me perguntarem na ótica do bebé o que achei mais fácil, foi sem dúvida a introdução aos seis meses, o Xavier começou as sopas na terça-feira e limpa os pratos num instante. Tem o sistema digestivo mais maduro, aceita melhor a colher, é mais autónomo e menos trapalhão, já se senta e segura totalmente o pescoço e manifesta muita vontade e curiosidade pelos alimentos. Hoje já começa as frutas e para a semana as carnes, um processo muito mais rápido de introdução da diversificação alimentar. Por outro lado, chegar até aos seis meses só com leite materno em livre demanda requereu de mim muita disponibilidade, dedicação e proximidade ao bebé (o que só é possível para mães que prolongam a licença ou que juntam as férias aos 150 dias de licença ou que vão trabalhar, mas conseguem extrair leite suficiente para deixar ao bebé (a minha opção)). E por outro, estou a sentir agora um ajuste forçado na produção de leite, até aqui houve muito estimulo para garantir 8 mamadas diárias e de um dia para o outro o Xavier passou a mamar menos vezes e eu continuo com muita produção. Estou a tentar encontrar equilíbrio com novas ameaças de mastite pelo meio. 

Com o Duarte fiz tudo diferente, não tinha a experiência que tenho hoje com a amamentação e a introdução alimentar foi feita logo aos 4,5 meses. Entre continuar só com leite e ter que dar leite artificial para completar ou começar com papas, preferi a opção papas e leite materno. Começámos pelas papas e aos 5 meses introduzimos as sopas. Comparando com a experiência atual com o Xavier, o Duarte começou de forma muito mais trapalhona, tinha pouca firmeza no pescoço, tinha que estar inclinado na cadeirinha e com arnês colocado, zangava-se com a colher ou rejeitava pois não percebia bem para que servia e nas primeiras vezes que “comeu” lambia mais do que efetivamente comia porque era mais imaturo.Mas cada criança é diferente, certamente que existem crianças a despachar pratos de papa à primeira. Aqui o processo foi mais lento e trabalhoso, mas fez-se sem grandes dramas. Por outro lado, se agora tenho leite a mais, com o Duarte aconteceu “comprometer” a amamentação, pois ao introduzir as papas cedo, ao saltar algumas mamadas comecei a ter menos produção de leite. A amamentação ainda não estava totalmente estabelecida, ainda assim, ainda mamou mais uns meses com muito esforço meu. Numa ótica pessoal, o facto de ter introduzido os sólidos mais cedo permitiu-me ter mais liberdade para outras tarefas pois podia pedir ao pai ou avós para darem. 


Concluindo, numa ótica do bebé, considero mais vantajoso a introdução dos sólidos aos 6 meses nos casos em que a mãe consegue manter a amamentação prolongada pois é mais fácil para todos passar para esta etapa, com mais maturidade no bebé. Na ótica da mãe, há que avaliar se a produção de leite é suficiente e se há vontade em continuar a dar mama em exclusivo pois “são precisos dois para dançar o tango” e nem sempre as mulheres se sentem confortáveis neste papel continuo da amamentação.