BabyTime: SAIR DA ZONA DE CONFORTO PARA IR AO 2º FILHO?

SAIR DA ZONA DE CONFORTO PARA IR AO 2º FILHO?

12 outubro 2017


Quando o Duarte nasceu exclamava de boca cheia que não ia ser filho único e que em breve teria outro. Ainda ele devia ter uns três meses na altura e eu lançava a dica à família de que não ia ficar por ali. Sentia-me bem no papel da maternidade, apesar de dormir pouco e de passar os dias inteiros com dor de cabeça por ter em mim todo o sonooo de uma preguiça. O puto até dormia bem e era come e dorme, mas a privação do sono durante a noite para a amamentação davam cabo de mim. Ainda hoje se acordar a meio da noite (e já começaram as idas noturnas ao wc com a gravidez) fico logo com aquela sensação de que não descansei bem. 

O breve na minha cabeça seriam uns 2 anos ou menos. Mas...acomodei-me. Pelos 12 meses começa o desmame e voltamos a ser donas e senhoras do nosso corpo. Que leveza! Adeus soutiens e tops com aberturas e botões extra, olá roupa de gente normal. A seguir chegaram os 2 anos e começa a retirada da chucha, as primeiras birras e os primeiros diálogos, o puto começou a dar um misto de mais trabalho com o prazer de já fazer muita companhia para tudo. Quis aproveitá-lo! Depois vieram os 3 anos e com ele o desfralde, que maravilha, ganha-se toda uma liberdade depois deles largarem as fraldas, os biberons, as chuchas e todo o kit que vem com eles desde que são recém-nascidos e que não nos deixa sair de casa sem recargas de tudo e mais alguma coisa. Senti-me liberta do desfralde, com ele mais independente e a ideia de ir ao segundo passou de prioridade a sonho por cumprir um dia quando sentisse o apelo. 

Nunca deixei de ter vida social após a maternidade e sempre fizemos mil programas a três, mas a verdade é que com o crescimento dos filhos começamos a voltar a ter aos poucos as nossas rotinas anteriores e entramos numa zona de conforto. Sair dela faz-nos hesitar e ponderar, talvez até demais as coisas. O Duarte pede muito um irmão desde os 3 anos, eu sentia um quentinho no coração por uns instantes de depois arrefecia, não se dava o click. Depois chegaram os 4 anos e começamos a achar que “ui, agora já vão ter muita diferença de idade, já devíamos ter tratado disso” e começamos a namorar melhor o assunto, mas continuamos a gostar da zona de conforto.  

Não digo que isto aconteça com todas as mulheres, acredito que algumas sintam o apelo da maternidade de outra forma, mas comigo foi preciso um empurrão, um "tem que largar a pílula" para começar a construir a ideia de ir ao segundo, que sempre quis, mas que não sei porquê "demorou" a avançar. Terei sido preguiçosa, acomodada, egocêntrica ou apenas ainda não era a hora certa? 


Agora que aqui estou, perante esta barriga que cresce cada dia, não podia estar mais feliz com o que aí vem. Voltar ao mundo do cherinho a bebé, das chuchas, das fraldas e dos babetes também é tudo de bom, voltar à maternidade para a magia acontecer é o melhor do mundo. Até hoje não tive um dia tão feliz quando o dia em que o Duarte nasceu, se pudesse voltava a repetir o momento... e é isso que vou fazer :) ! 


Por aí como foi, demoraram a ir ao segundo filho ou foram logo daquelas super decididas?

Beijos,