BabyTime: #IR A FESTIVAIS DE VERÃO DEPOIS DA MATERNIDADE

#IR A FESTIVAIS DE VERÃO DEPOIS DA MATERNIDADE

07 julho 2017

Uma breve passagem para acrescentar a alínea 10) ao post anterior.

10.      Ir a festivais de verão 


(Parêstesis inicial: não tinha bilhetes para o NOS Alive e quando escrevi o post anterior estava a anos luz de imaginar que me iam cair 2 bilhetes do céu a poucas horas do arranque do festival - há dias de sorte.)

Como estava a dizer... ir a festivais de verão é fazer tudo (ou quase tudo vá) o que daqui a uns anos os nossos filhos vão estar a fazer nas férias de verão enquanto juram a pés juntos que vão ter um comportamento exímio, que odeiam o cheiro a tabaco e que a cerveja sabe mal (sim, sim... whiskies saquetas). 

Ora então, a listinha: beber imperiais no bar e fazer o refill sempre que o moço da Heineken aparece de mochila aviada, comer de rabo no chão com o prato na relva e o (único) guardanapo que nos deram seguro debaixo do sovaco para não voar, ir à molhada de transportes públicos, dizer palavrões, falar com estranhos, ir ao WC sem papel, inalar erva, chamon, cannbis e tudo o que é respirável nos 20 centímetros cúbicos que "alugámos" no meio da multidão e o melhor de tudo... ouvir boa música, dançar e cantar até esgotar as forças e a voz faltar (check). 

Ir a festivais de verão depois da maternidade é uma espécie de renovação de votos com o nosso EU, uma reafirmação da nossa identidade, um "com 30 ainda estou cá para isto, venham mais!"(ainda o verão passado papei 2 dias de MEO Suduoeste a acampar - adoro!). É descomprimir, ignorar tudo o que é exterior àquele recinto e poder voltar a desfrutar da liberdade que tínhamos nos tempos antigos com um único senão (comum a todas as mães): olhar para os adolescentes com pesar e pensar "daqui a uns anos é o meu...", "não vai ter hipóteses" . Posto isto e, tendo em conta que ontem vi uma avó baixinha, de cabelo grisalho e caracóis a entrar com a neta no recinto, cheira-me que aquela serei eu no futuro - Raquel, a granny-papa-festivais-de-verão.

Nota de rodapé: havia algum dress code carnavalesco que me escapou? Vi unicórnios andantes, miss lantejoulas, senhoras vestidas à 50 sombras de Grey (já prontas a entrar na sala do prazer), com pouca roupa, é o que quero dizer para quem não leu os livros, e muita gente que achava que ia para o Coachella, só que não, estávamaos em Algés e deviam estar uns 14 graus, com vento!


O mais importante de tudo, não deixem de ser vocês mesmas, não se anulem pela maternidade, há tempo para tudo, para sermos mães, para sermos mulheres, para sermos a amiga dos festivais, tudo! 

Ontem diverti-me pra caraças!!!!!!!!

E já agora, fui em grande estilo no Beetle do Alegro Alfragide! (para quem não sabe, podem deixar lá o carro e ir de transfer para o festival a partir do centro). 



Por agora, e porque ainda me doem as "almofadinhas dos pés" é só isto!

Obrigado D, por teres o dom de "nem sabes bem como" fazeres as coisas acontecer!
Beijos