BabyTime: #DUARTE E OS SONOS TARDIOS! DEVO PEDIR PARA RETIRAR A SESTA NA CRECHE?

#DUARTE E OS SONOS TARDIOS! DEVO PEDIR PARA RETIRAR A SESTA NA CRECHE?

30 janeiro 2017


"Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". Arrisco-me a aplicar esta expressão popular à privação do sono "em casa onde não se dorme, todos ralham e ninguém tem razão". Ninguém consegue aguentar dias seguidos com poucas horas de sono e manter um ar fresco e o mesmo nível de foco e paciência. 

É frequente vermos recém mamãs cheias de olheiras, em modo zombie, eu fui uma delas e, ainda hoje, em dias menos bons não escapo. Quando amamentava o Duarte passei meses seguidos com dor de cabeça, fruto dos vários intervalos nocturnos que tinha que fazer e do horário tardio a que nos deitávamos (por causa dele). O estudo do Instituto Europeu de Qualidade do Sono (ESCI) refere que os primeiros doze meses de vida de um bebé implicam em uma perda de sono de mais de 700 horas para os pais, ou seja, quase menos duas horas de sono por noite. Já nem sei quantas perdi. Nunca bebi café durante a amamentação para evitar passar cafeína pelo leite e só eu sei a falta que o café me fez nesses meses. Chocolates idem. Mas a verdade é que o Duarte nunca tem sono, nunca adormece pelas 21h30 como é suposto e nunca chega cansado da creche, está sempre pronto brincar como se o o sol estivesse a nascer mal entra em casa.
Este é um tema que já debati com as amigas mães, avós, educadoras e já tentei de tudo um pouco para contrariar esta tendência que, para mim, que o conheço melhor do que ninguém, nasceu com ele. A pediatra alerta que ele devia dormir mais horas, mas os apontamentos que tem comprovam que o padrão é o mesmo desde o 1º mes de vida, só adormece pelas 22h30 (em dias bons). Não sei o que fiz de mal ou se sequer fiz algo de errado. Em recém-nascido tentei de tudo: dar banho mais cedo, dar banho de manhã ao invés de à noite, massagens com óleo relaxante, melodias nocturnas tranquilizantes, deitá-lo mais cedo... nada, ficava no berço a lutar contra o sono e o relógio sempre a avançar quando ele, por fim, fechava os olhos. 

Passaram-se 4 anos e nada mudou, chega da creche com a energia de um furacão, quer brincar com todos os brinquedos como se eles fossem fugir de casa, quer brincar no banho como se a água no mundo fosse acabar e as 22h30 já passaram para as 23h30. Gosto de ver que ele tem muita vida, é sinal de saúde como dizem as avós. Mas sei as consequências que isso tem para ele: maior irritabilidade, menos concentração e mais propensão a birras. 

Desde a maternidade que não sei o que é ver uma série ao serão ou ler um livro tranquilamente, pois todo o tempo é passado com ele em plena actividade. Quando ele adormece já eu estou podre de sono e o meu cérebro a gritar por cama. Muitas vezes fazemos co-sleeping para conseguirmos descansar a horas decentes e ter a certeza de que ele está deitado e não a brincar no quarto e que o sono o irá vencer. Esta semana temos pediatra e, como em todas as consultas, vou voltar a falar no tema e aproveitar para debater se vale a pena pedir para lhe retirarem a totalidade da sesta na creche. Em setembro pedi para a reduzirem 1h00, não produziu efeitos até agora, mas noto que ao fim-de-semana, quando já não faz sesta, dorme mais cedo e cumpre as 8h de sono. Há por ai quem tenha retirado a sesta dos filhos por opção? Melhorou a qualidade do sono? 

Acho até que vou aproveitar para comprar o primeiro livro abaixo sobre o tema. Mas andei a ver outros que também partilho convosco pois acredito que não sou a única com esta descoordenação do sono. Pelo menos, na turma dele há mais 2 casos assim. 

  Beijos ensonados!