BabyTime: #Das surpresas da vida: bem-vindo Renato!

#Das surpresas da vida: bem-vindo Renato!

02 setembro 2016

Tenho tanto para contar das férias, mas não resisto a começar pelo fim pois lá em casa andamos todos em modo namoro. Calma, não é o que estão a pensar, mas a verdade é que aumentámos a família e da forma mais inesperada (texto longo, mas feliz).

Sem Título

Na segunda-feira aproveitei o último dia livre com o petiz para acordar cedo e ir até à Arrábida fazer uma espécie de programa de encerramento das férias. Saímos de casa cedo, pelas 9h00 já estávamos na ponte Vasco da Gama a contar os barquinhos de pesca no rio e a ouvir música na rádio.

O caminho corria bem, mas como da última vez a minha inexperiência me fez avançar e ir parar à praia do Portinho da Arrábida e desta vez queria mesmo ficar em Galápos na subida para a serra resolvi encostar para ligar o GPS (não fosse o puto distrair-me com as mil e uma perguntas que faz sobre tudo e sobre nada ou eu voltar a baralhar-me). Parei o carro e peguei no telemóvel, começo a ouvir sons, ignoro, oiço um segundo barulho e percebo que é de um gato, continuo a colocar as direções no GPS e o barulho de desespero e chamativo do bicho começa a entrar-me na cabeça. Não aguentei, tirei o cinto, sai do carro e segui atrás do som. Logo ali, no meio das silvas, vejo um vulto cinzento e branco que ao contrário dos gatos vadios não fugiu a sete pés de mim. Voltei para o carro e tirei um pedaço do pão que levava para o almoço na praia, atirei o primeiro miolo de pão e ele devorou-o com toda a fome do mundo e começou a aproximar-se de mim enquanto miava cada vez mais alto. Queria atenção! O Duarte curioso no carro gritava para sair e mal chegou ao pé dele a reacção foi "oh um gatinho tão giro mãe". E tal como ele, perante os meus olhos aquele gatinho também me deixou logo apaixonada. Peguei nele, nem ofereceu resistência, estava fraco de fome, magro e desidratado. Já com o gato dentro do carro e a miar desalmadamente por comida, surgem os primeiros pensamentos "e agora como vou para a praia com o gato?", "volto para casa depois de uma hora de caminho até aqui?", "tenho que pô-lo num site para adoção, OLX ou União Zoófila".

Entre mil ideias a saltar, ocorreu-me ir procurar um armazém chinês para lhe comprar uma caixa de transporte, afinal de contas, se há sitio onde se vende de tudo é lá e ter o gato à deriva no carro podia não correr bem. Pedi indicações a um taxista e assim foi, adquiri uma caixa de transporte e um comedouro. Pelo meio ligo para a cara metade a contar o sucedido, ele estava cheio de trabalho e em estilo de aprovação só me disse "manda foto". Segundo pensamento: comida, ele precisa de comida! E lá vai ela para um Pingo Doce comprar latinhas de comida para gato. Terceiro pensamento: ligar a uma amiga de Setúbal para pedir indicações sobre algum local onde ele pudesse ficar, por ali conhecia o shopping e pouco mais. Obrigado Sara, Definitivamente São Dois! pela indicação de um local que fazia pet sitting. Problema, o local, a Love Pets, só faz dog sitting, pelo que ficar lá com um gato era quase igual a atirá-lo aos leões. Foram super simpáticos e indicaram-me a Patas e Penas. Mais uma voltinha em Setúbal e lá chegámos, já cansados de tantas voltas e de uma manhã "perdida" pelas ruelas da cidade. Aceitaram ficar com ele mediante uma tarifa diária (suspirei de alívio), aproveitei para perguntar se era gato ou gata e fui informada de que era um menino (menos mau), decidi naquele momento que iríamos ficar com ele e pedi para o desparasitarem e verem as condições de saúde em que ele estava.

Chegámos à praia pelas 13h20, a hora ideal para levar uma criança para a praia (not). Entre mergulhos naquela água maravilhosa, um almoço à beira-mar, fotografias e conversas sobre o gato debaixo do chapéu de sol, às 15h00 já o Duarte me abraçava com esperteza a pedir para o irmos buscar. Aguentei-o até às 16h00 e lá fomos. Pelo caminho, o Duarte escolheu o nome, inspirou-se nos desenhos animados "O Rato Renato" e disse que queria que ele fosse o gato Renato, e assim foi. Chegámos à Patas e Penas e não só tinham desparasitado o nosso menino por dentro e por fora como lhe deram banho, cortaram as unhas e foi visto pela médica veterinária, perfeito, pois assim senti confiança para deixar o Duarte abraça-lo, mima-lo e tudo e tudo e tudo. Não sabemos a idade, mas ronda os 4/5 meses. Agora... as fotos do nosso Renato já instalado em casa, digam lá se resistiam a virar-lhe costas no mato? Não posso afirmar que foi abandonado, mas sei que um gato vadio teria fugido e que o sentido de orientação dos gatos os leva de volta a casa, portanto, tendo em conta o local isolado e descampado onde o achei, para mim a teoria com mais força é mesmo a do abandono :( ainda há bem pouco tempo tinha falado do tema aqui no blog.

Um final de férias feliz, fora dos planos, mas que nos tornou mais ricos! Loucos...com 5 cães e um segundo gato...mas felizes!

SAMSUNG CAMERA PICTURESSAMSUNG CAMERA PICTURESSAMSUNG CAMERA PICTURES

Próximo passo, a castração, que sítios/vets recomendam? Já liguei para algumas clínicas e os preços são dispares.


E já agora, se quiserem explicar mais aos vossos pequenos sobre a adoção, deixo-vos uma sugestão muito fofinha de leitura:

Bruno, Branca e a Estrela dos Desejos - www.wook.pt